Avi Ohayon/GPO / Israel National News / Reprodução

A Casa Branca, nos Estados Unidos, está trabalhando para organizar uma reunião entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi. Os dois líderes não se falam desde antes da guerra em Gaza.

Washington espera que Netanyahu avance com um grande acordo de gás natural com o Egito, além de outras medidas para incentivar Sisi a aceitar o encontro. Autoridades americanas veem essa iniciativa como parte de um esforço mais amplo para usar a cooperação econômica e fortalecer os laços entre Israel e países árabes.

Um oficial dos EUA afirmou que expandir as vendas de gás para o Egito pode aprofundar a interdependência bilateral e ajudar a estabilizar as relações regionais. Propostas econômicas semelhantes, apoiadas pelos EUA e envolvendo setores de tecnologia e energia, estão sendo exploradas com outros países da região.

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De acordo com o Israel National News, o conselheiro do presidente dos EUA, Donald Trump, Jared Kushner, incentivou recentemente Netanyahu a enfatizar o engajamento econômico após o conflito em Gaza. Kushner transmitiu que governos regionais preferem se concentrar no desenvolvimento de negócios em vez de discussões constantes sobre o Irã.

Autoridades americanas destacaram que as capacidades de Israel em tecnologia, gás natural e áreas como água e energia renovável podem desempenhar um papel central em uma nova abordagem diplomática. Elas notaram que o Egito teve um papel fundamental no processo de cessar-fogo em Gaza e na devolução dos restos mortais de reféns israelenses.

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Apesar de Netanyahu expressar interesse em se encontrar com Sisi, houve pouco engajamento substantivo entre os líderes nos últimos anos. Uma fonte israelense indicou que não ocorreram contatos significativos de alto nível por aproximadamente dois anos.

Autoridades dos EUA pressionaram Netanyahu para finalizar um acordo de gás multibilionário que forneceria uma parcela significativa da eletricidade do Egito. Embora Sisi tenha aprovado o plano em julho, o governo de Israel ainda não o endossou. Fontes atribuem o atraso a considerações políticas domésticas e à preferência de Netanyahu por assinar o acordo durante uma reunião pública no Egito.

Uma fonte israelense e um oficial dos EUA revelaram que Netanyahu reuniu discretamente uma equipe para preparar propostas econômicas concretas antes de um possível encontro.

Autoridades americanas acreditam que construir laços econômicos mais quentes com o Egito pode servir como modelo para iniciativas semelhantes com a Síria, o Líbano e a Arábia Saudita.

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