O Conselho Federal de Medicina (CFM) continua a expressar sua oposição ao Programa Mais Médicos, que recentemente voltou ao centro das discussões devido às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. O presidente do CFM, o ginecologista José Hiran da Silva Gallo, reiterou a posição crítica da entidade, afirmando que o programa enfraqueceu o Sistema Único de Saúde (SUS) e comprometeu a qualidade do atendimento aos mais necessitados.
De acordo com informações de Revista Oeste, Gallo também criticou a permissão para que profissionais atuem sem a revalidação de seus diplomas e sem garantias de direitos trabalhistas. Ele defendeu a adoção de políticas públicas que valorizem os médicos, aprimorem a formação profissional e assegurem um atendimento seguro para a população.
Nos bastidores do CFM, conselheiros debatem a possibilidade de incluir gestores do Mais Médicos em uma lista de investigados. A primeira equipe de gestores, que inclui nomes como o atual ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, e o secretário-executivo Adriano Massuda, está entre os principais alvos dessa possível apuração.
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Na quarta-feira, 13 de agosto de 2025, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou que a ditadura cubana explora trabalhadores através do Mais Médicos. Ele garantiu que tomará medidas contra aqueles que se beneficiam do trabalho forçado.
Em junho de 2013, o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, sob a presidência de Dilma Rousseff, lançou oficialmente o programa. Fruto de uma parceria com o regime cubano, o projeto visava ampliar a assistência médica no país contratando profissionais de Cuba. No entanto, o governo dos EUA classificou o Mais Médicos como um “golpe diplomático inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras”. Em março de 2025, Rubio já havia anunciado que a administração Trump aplicaria sanções aos responsáveis pelo programa de exploração de mão de obra cubana.