O comediante Dave Chappelle está enfrentando duras críticas por declarar a uma plateia na Arábia Saudita, onde criticar a família real, o Islã ou o governo pode resultar em prisão, que “é mais fácil falar aqui do que na América”.
Agora nos Estados Unidos, dizem que se você falar sobre Charlie Kirk, vai ser cancelado”, afirmou Chappelle, que é muçulmano praticante, durante o Festival de Comédia de Riad, diante de uma multidão de 6.000 pessoas. “Não sei se isso é verdade, mas vou descobrir.
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Chappelle tem sido extremamente crítico em relação a Israel, declarando em maio de 2024 em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, que “se você está nos Estados Unidos, a melhor coisa que pode fazer é fazer com que os judeus americanos se sintam seguros, amados e apoiados, para que saibam que não precisam apoiar um país que comete genocídio só para se sentirem seguros”. Ele continuou sua retórica anti-Israel em Riad, dizendo que temia retornar aos Estados Unidos porque “eles vão fazer algo comigo para que eu não possa dizer o que quero dizer”, e acrescentou que alertaria seus fãs com uma frase código: “Tem que ser algo que eu nunca diria na prática, então se eu disser de verdade, vocês saberão para nunca mais ouvir nada do que eu disser depois disso. Aqui está a frase: Eu apoio Israel”.
De acordo com o Daily Wire, os críticos não pouparam palavras. O autor Dumisani Washington condenou Chappelle por sua aparente hipocrisia: “Um comediante negro e multimilionário vai para a Arábia Saudita, onde há escravos africanos, e reclama da falta de direitos civis nos Estados Unidos. Só um ocidental poderia ser tão privilegiado e ao mesmo tempo tão iludido”.
Em uma postagem no dia 05 de outubro de 2025, Washington repetiu: “Então, Dave Chappelle, um comediante negro e multimilionário, vai para a Arábia Saudita, onde há escravos africanos, e reclama da falta de direitos civis (liberdade de expressão) nos Estados Unidos. Só um ocidental poderia ser tão privilegiado e ao mesmo tempo tão iludido para pensar que um regime islâmico é…”.
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O comediante Tim Young foi igualmente duro: “Se Chappelle acredita que há mais liberdade de expressão na Arábia Saudita do que nos Estados Unidos, ele deveria fazer um show inteiro zombando de Maomé lá e ver no que dá”.
Em uma postagem no dia 05 de outubro de 2025, Young afirmou: “Se Dave Chappelle acredita que há mais liberdade de expressão na Arábia Saudita do que nos EUA… ele deveria fazer um show inteiro zombando de Maomé lá e ver no que dá”.
Outros, como o comentarista Jesús Enrique Rosas, destacaram os riscos de vida ou morte para dissidentes no reino: “Chappelle sabe que você pode ser literalmente executado na Arábia Saudita por dizer as ‘coisas erradas’? Esse dinheiro do petróleo deve ter sido doce”.
Em uma postagem no dia 04 de outubro de 2025, Rosas questionou: “Chappelle sabe que você pode ser literalmente executado na Arábia Saudita por dizer as ‘coisas erradas’? Esse dinheiro do petróleo deve ter sido doce”.
E o jornalista conservador Carmine Sabia apontou o cerne da questão: “Acho interessante que Chappelle, que foi pago uma fortuna para se apresentar na Arábia Saudita… diria que há mais liberdade de expressão lá do que nos Estados Unidos – uma nação que na verdade lhe deu uma lista de coisas que ele não podia brincar”.
Em uma postagem no dia 05 de outubro de 2025, Sabia escreveu: “Acho interessante que Dave Chappelle, que foi pago uma fortuna para se apresentar na Arábia Saudita, e bom para ele, diria que há mais liberdade de expressão lá do que nos Estados Unidos. Uma nação que na verdade lhe deu uma lista de coisas que ele não podia fazer piadas sobre”.
Até Bill Maher, que não é exatamente um pilar do pensamento de direita, ridicularizou Chappelle no programa “Real Time” da HBO, dizendo: “Não é verdade. Faça sua piada sobre Maomé, Dave”.
Isso não é Chappelle “atacando os poderosos”. Isso é Chappelle se entregando ao relativismo moral no pior sentido – jogando pedras no país que o tornou rico, enquanto se aproxima de um regime que prende dissidentes e executa críticos.