A China está desenvolvendo tecnologias para integrar cognitivamente humanos com máquinas, como parte de seus esforços contínuos para competir na corrida pela supremacia em inteligência artificial (IA). O país comunista está utilizando interfaces cérebro-máquina (BCI), sistemas que permitem a comunicação entre o cérebro e dispositivos externos, com o objetivo de “aumentar a cognição humana e a colaboração entre humanos e máquinas”.
De acordo com o Fox News, essas interfaces incluem três tipos: invasivas, minimamente invasivas e não invasivas. As BCIs invasivas envolvem cirurgia para implantar eletrodos no cérebro, enquanto as não invasivas utilizam sensores no couro cabeludo para monitorar a atividade cerebral. Já as BCIs minimamente invasivas envolvem a implantação de dispositivos, mas sem penetrar no tecido cerebral, conforme relatado pela Biblioteca Nacional de Medicina.
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Em contraste, os Estados Unidos têm focado principalmente no desenvolvimento de modelos de linguagem para avançar na tecnologia de IA. No entanto, a China está adotando uma abordagem diferente para alcançar a inteligência artificial geral (AGI), um tipo de IA capaz de realizar tarefas cognitivas tão bem ou melhor do que um ser humano. William Hannas, analista-chefe do Centro de Segurança e Tecnologia Emergente da Georgetown, afirmou que “há todo tipo de possibilidades por aí, mas se você quer uma IA equivalente a um humano, não vai conseguir isso apenas aumentando os parâmetros [dos modelos]”.
Hannas, que já trabalhou para a CIA, coletou documentos do governo chinês que detalham os planos de financiamento de IA do país para este ano e o ano passado. Esses planos incluem várias abordagens de IA inspiradas no cérebro. Além disso, a mídia estatal chinesa citou declarações indicando que o futuro envolve tornar a IA uma parte física dos humanos.
Em 2018, dois tecnólogos que trabalhavam em abordagens inspiradas no cérebro para a IA foram recrutados por oficiais chineses. Michael Kratsios, diretor do Escritório de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, afirmou em abril de 2025 que a inovação da China em inteligência artificial está “acelerando”. No entanto, ele manteve que os Estados Unidos continuam sendo a potência dominante mundial em IA, e a estratégia de “promover e proteger” da administração Trump solidificará essa posição.









