IDF Spokesperson's Unit / Israel National News / Reprodução

O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), ligado ao governo de Israel, emitiu na última sexta-feira uma dura resposta ao relatório de análise de segurança alimentar da IPC sobre Gaza, rejeitando conclusões que considerou tendenciosas e pré-determinadas, ignorando dados sobre entregas de ajuda humanitária.

De acordo com o COGAT, os autores do relatório reconheceram formalmente que não há fome em Gaza, apesar de alegações falsas anteriores, mas ainda afirmam uma situação de insegurança alimentar aguda.

Em uma resposta oficial, o COGAT declarou que rejeita fortemente as alegações e conclusões apresentadas no relatório da IPC publicado naquela sexta-feira, que mais uma vez retrata uma imagem distorcida, tendenciosa e infundada da situação humanitária na Faixa de Gaza. O relatório baseia-se em graves lacunas na coleta de dados e em fontes que não refletem o escopo completo da assistência humanitária. Com isso, ele engana a comunidade internacional, alimenta a desinformação e apresenta uma representação falsa da realidade no terreno.

O COGAT destacou que entre 600 e 800 caminhões de ajuda entram na Faixa de Gaza todos os dias, dos quais cerca de 70% transportam alimentos, em conformidade com o compromisso de Israel no acordo de cessar-fogo para permitir e facilitar a entrada de 4.200 caminhões de ajuda por semana. A declaração acrescentou que quase 30.000 caminhões de alimentos, carregando mais de 500.000 toneladas de comida, entraram na Faixa de Gaza durante o período de cessar-fogo, e que aproximadamente 100.000 caminhões de alimentos entraram na Faixa de Gaza até o início do cessar-fogo. Segundo o COGAT, essas quantidades excedem significativamente as necessidades nutricionais da população na Faixa de Gaza, de acordo com metodologias internacionais aceitas, incluindo as do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP).

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A resposta afirmou que os dados são apresentados diariamente como parte de avaliações conjuntas de situação aos mediadores, à ONU e a organizações internacionais, acrescentando que qualquer tentativa de apresentar os dados de outra forma ou alegar escassez de alimentos constitui uma distorção deliberada dos fatos.

O COGAT esclareceu ainda que apenas cerca de 20% da ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza é entregue via ONU, enquanto o restante é fornecido por países, outras organizações internacionais e o setor privado, o que ilustra a grave lacuna entre o volume real de ajuda e os dados parciais nos quais, entre outras coisas, o relatório da IPC se baseia.

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Abordando a preparação do relatório, o COGAT afirmou que a maneira como a IPC se conduziu durante a elaboração levanta sérias questões sobre sua credibilidade e integridade profissional. Acrescentou que os autores do relatório se reuniram com autoridades israelenses apenas depois que o relatório já havia sido escrito e suas conclusões formuladas, e que, apesar de serem apresentados com dados completos, diários e verificados, a IPC optou por apresentar uma série de desculpas sobre o uso dos dados e se baseou apenas parcialmente nas informações fornecidas.

O COGAT concluiu que a publicação de declarações e alertas que não se baseiam em dados completos e verificados não avança a resposta humanitária. Pelo contrário, prejudica-a e desvia a discussão do verdadeiro desafio – melhorar os mecanismos de coleta e distribuição dentro da Faixa de Gaza e impedir que o Hamas tome o controle da ajuda. A declaração acrescentou que a comunidade internacional deve evitar cair em narrativas falsas e informações distorcidas, e que o COGAT continuará a agir, juntamente com atores internacionais e parceiros regionais, para garantir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e sua transferência para a população civil, enquanto previne a exploração da ajuda pela organização terrorista Hamas.

Conforme relatado por Israel National News, essa resposta do COGAT ocorreu em 19 de dezembro de 2025, destacando a persistência de Israel em combater narrativas enviesadas sobre o conflito.

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