Nobel: RODRIGO FREITAS/NTB/AFP via Getty Images / Trump: Anna Moneymaker/Getty Images / Machado: Jesus Vargas/picture alliance via Getty Images / Daily Wire / Reprodução

A líder da oposição venezuelana María Corina Machado recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2025 nesta sexta-feira, 10 de outubro de 2025, apesar de vários líderes mundiais defenderem que o presidente dos EUA, Donald Trump, fosse o vencedor deste ano.

O Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco membros, elogiou o trabalho incansável de Machado na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia.

Machado venceu as primárias de seu partido, posicionando-se para desafiar o ditador venezuelano Nicolás Maduro nas eleições de 2024, mas foi desqualificada pelo governo venezuelano para ocupar cargos públicos. Em seguida, ela apoiou o candidato da oposição Edmundo González, que aparentemente derrotou Maduro nas urnas, mas o Conselho Nacional Eleitoral do país declarou Maduro o vencedor.

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Antes e após a eleição, o regime de Maduro reprimiu dissidentes e prendeu líderes da oposição. Machado foi forçada a se esconder e não é vista publicamente desde janeiro, conforme relatado pela Associated Press. Seu aliado González, que vive em exílio na Espanha, elogiou a decisão do comitê, afirmando que se trata de um reconhecimento muito merecido pela longa luta de uma mulher e de todo um povo pela liberdade e democracia. Ele também postou um vídeo de uma ligação telefônica com Machado sobre o prêmio, na qual ela disse estar em choque e não conseguir acreditar, segundo a Associated Press.

O diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, reagiu à notícia, afirmando que o Comitê Nobel provou priorizar a política em vez da paz.

De acordo com o Daily Wire, o presidente Trump continuará fechando acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Cheung acrescentou que Trump tem o coração de um humanitário e que nunca haverá alguém como ele capaz de mover montanhas com a força de sua vontade.

O prazo para as nomeações deste ano terminou em 31 de janeiro, poucos dias após Trump assumir o cargo para seu segundo mandato. Após mais de oito meses de articulação de planos de paz em vários conflitos ao redor do mundo e de conseguir que Israel e o Hamas concordassem com um cessar-fogo e a primeira fase de seu acordo de paz, muitas pessoas acreditavam que Trump merecia o prêmio deste ano.

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Líderes mundiais que declararam que Trump merece o Prêmio Nobel da Paz incluem o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente da Argentina, Javier Milei, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, o presidente de Ruanda, Paul Kagame, e Félix Tshisekedi, presidente da República Democrática do Congo.

No passado, o comitê não hesitou em conceder o Prêmio Nobel a um presidente logo após sua posse. Em 2009, o ex-presidente dos EUA Barack Obama recebeu o prêmio poucos meses após iniciar seu primeiro mandato por razões vagas. O comitê concedeu o prêmio a Obama por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre povos, e por criar um novo clima na política internacional.

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