A pressão por uma anistia que possa beneficiar o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e evitar sua prisão ganhou força durante o julgamento dos réus dos supostos crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Esse cenário é um reflexo das disputas entre os Poderes, com as eleições de 2026 no radar dos agentes políticos.
Segundo o Revista Oeste, líderes do centrão e da oposição afirmam ter maioria suficiente para aprovar um perdão amplo para todos os envolvidos. No entanto, essa proposta difere da posição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que defende um projeto mais restrito, destinado apenas a penas menores e sem a inclusão de figuras de alto escalão, como Bolsonaro.
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Mesmo se aprovada, a anistia não reverteria a inelegibilidade de Bolsonaro, já decretada pela Justiça Eleitoral. Essa situação favorece a construção da candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que intensificou suas articulações em Brasília nos últimos dias.
No Supremo Tribunal Federal (STF) e no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a percepção na quarta-feira, 3 de setembro de 2025, é que o movimento pela anistia ganhou força. Isso se deve à busca de Tarcísio por apoio do centrão e seu esforço para responder às dúvidas de apoiadores de Bolsonaro sobre seu envolvimento na defesa do ex-presidente.
Para que o perdão avance, será necessária a sanção de Lula. No entanto, o Congresso tem o poder de derrubar um eventual veto presidencial. O STF também deverá se manifestar sobre a constitucionalidade da medida, caso seja questionada judicialmente.
Parlamentares estimam que serão necessários cerca de 300 votos na Câmara dos Deputados para aprovar a anistia ampla, que evitaria a prisão de Bolsonaro. O julgamento do ex-presidente e de outros sete acusados está previsto para ser concluído na próxima semana, podendo resultar em penas superiores a 40 anos de prisão.
