Em 27 de setembro de 2025, recordamos que a Organização das Nações Unidas falhou, na sexta-feira passada, em adotar uma resolução proposta pela China e pela Rússia que teria estendido o alívio de sanções ao Irã por mais seis meses, conforme o acordo nuclear.
O voto no Conselho de Segurança resultou em 4 a favor e 9 contra, com Argélia, China, Paquistão e Rússia votando positivamente, enquanto Dinamarca, França, Grécia, Panamá, Serra Leoa, Eslovênia, Somália, Reino Unido e Estados Unidos se posicionaram contra.
PUBLICIDADE
Guiana e Coreia do Sul optaram pela abstenção.
Essa votação ocorreu após o Reino Unido, a França e a Alemanha ativarem o mecanismo de “snapback” do acordo, que reinstaura sanções contra o Irã em meio a negociações paralisadas sobre o programa nuclear do país.
De acordo com o Fox News, as sanções, que entrarão em vigor a menos que haja um acordo de última hora na sexta-feira, incluirão o congelamento de ativos iranianos no exterior, a interrupção de acordos de armas com Teerã e penalidades para qualquer desenvolvimento do programa de mísseis balísticos do Irã.
PUBLICIDADE
Esperávamos que os colegas europeus e os EUA pensassem duas vezes e optassem pelo caminho da diplomacia e do diálogo em vez de sua chantagem desajeitada, que apenas resulta na escalada da situação na região”, afirmou Dmitry Polyanskiy, vice-embaixador da Rússia na ONU, durante a reunião.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, também se reuniu com seus homólogos da França, da Alemanha e do Reino Unido antes da votação na ONU.
Um diplomata europeu informou à Associated Press que a reunião “não produziu novos desenvolvimentos ou resultados”.
Na terça-feira, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, declarou que o Irã não se renderia à pressão e que negociações com os Estados Unidos seriam um “beco sem saída”.
Em uma entrevista na sexta-feira, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, qualificou a decisão como “injusta, ilegal e injusta”.
A Associated Press contribuiu para este relatório.