O senador republicano do Texas, Ted Cruz, apresentará um projeto de lei no Senado nesta terça-feira, 15 de julho de 2025, que visa designar formalmente a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista. A iniciativa, denominada Ato de Designação da Irmandade Muçulmana como Terrorista de 2025, segue tentativas anteriores de classificar o grupo como terrorista, mas se diferencia por adotar uma abordagem “de baixo para cima”.
De acordo com uma folha de fatos fornecida pelo escritório de Cruz, as tentativas anteriores fracassaram porque “nem todas as ramificações da Irmandade Muçulmana são atualmente violentas e, portanto, não atendem aos critérios para designação”. Países como Bahrein, Egito, Arábia Saudita, Síria e os Emirados Árabes Unidos já classificam a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista.
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O projeto de lei incentiva o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a “catalogar as ramificações da Irmandade Muçulmana que são designadas como grupos terroristas e designar outras que atendam aos critérios relevantes — e exige a designação da Irmandade Muçulmana global por seu apoio a esses grupos terroristas”. Essa abordagem espelha o esforço do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em 2017, para sancionar o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC), que designou o IRGC como um grupo terrorista estrangeiro.
Conforme relatado por Daily Wire, o esforço de Cruz é abertamente apoiado por senadores republicanos do Arkansas (John Boozman e Tom Cotton), da Flórida (Ashley Moody e Rick Scott) e da Pensilvânia (Dave McCormick). “Aliados árabes também parecem prontos para apoiar a iniciativa, com um oficial informando ao Free Beacon em junho que ‘qualquer um dos países do Oriente Médio que já designaram a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista receberia bem os Estados Unidos fazendo o mesmo'”, observou o Free Beacon.
O projeto de lei de Cruz propõe três maneiras de designar a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista: ação congressional sob a Lei Antiterrorismo de 1987, o Departamento de Estado reconhecendo a Irmandade Muçulmana como uma organização terrorista e designação específica como Terrorista Global Designado Especialmente (SDGT).
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Após a aprovação do projeto de lei, o Secretário de Estado Marco Rubio terá 90 dias para apresentar um relatório ao Congresso catalogando ‘todas as ramificações da Irmandade Muçulmana’ ao redor do globo”, afirmou o Free Beacon. “A legislação instrui-o a designar qualquer grupo identificado que atenda aos critérios. O projeto de lei então autoriza uma designação formal para a operação global da Irmandade Muçulmana sob a ATA de 1987, criando um ‘embargo primário’ sob o qual os americanos são proibidos de realizar transações financeiras com o grupo e prestar-lhe serviços.
Em abril de 2025, a Jordânia baniu a Irmandade Muçulmana do país. De acordo com seu estatuto, o grupo terrorista Hamas é uma “asa da Irmandade Muçulmana”. A Irmandade Muçulmana assassinou o presidente do Egito, Anwar Sadat, em 1981, por fazer a paz com Israel.
O objetivo da Irmandade Muçulmana é transformar o mundo em um império teocrático”, observou a Stand With Us. “A Irmandade, fundada no Egito em 1928, é um movimento fundamentalista revolucionário para restaurar o califado e a lei da sharia (islamista) estrita em terras muçulmanas e, em última análise, no mundo. Hoje, possui capítulos em 80 países. … A Irmandade quer que a América caia. Em 2010, seu Guia Supremo disse aos seus seguidores para serem ‘pacientes’ porque a América ‘está caminhando para sua queda’.