Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A pesquisa Genial/Quaest, realizada entre 29 de maio e 1º de junho de 2025, revelou que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu seu pico histórico no terceiro mandato, com 57% dos entrevistados rejeitando a gestão. Apenas 40% expressaram apoio, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, enquanto o índice de confiança do levantamento, que ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios, é de 95%.

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Pela primeira vez, o governo enfrenta um empate técnico entre eleitores de menor renda, tradicional base petista. Entre aqueles com renda de até dois salários mínimos, 50% aprovam e 49% desaprovam a gestão, uma queda significativa em relação aos 69% de aprovação em julho de 2024. O escândalo dos descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) intensificou o desgaste. Apesar de tentativas do Planalto de culpar a gestão anterior, 31% dos entrevistados atribuem a responsabilidade ao governo Lula, superando os 14% que apontam o INSS, os 8% que responsabilizam Jair Bolsonaro, 1% que culpam aposentados e pensionistas, e 12% que indicam outros. Outros 26% não opinaram.

A crise do INSS também alimenta o debate sobre uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apoiada por 50% dos entrevistados, enquanto 43% consideram suficiente a investigação da Polícia Federal, vendo a CPI como um instrumento político. Apesar de medidas econômicas recentes, como redução de R$ 0,17 no preço da gasolina anunciada pela Petrobras em 2 de junho, isenção de impostos para alimentos importados, promessa de tarifas de energia reduzidas para 100 milhões de brasileiros e o programa Gás para Todos (ainda não implementado), o governo não conseguiu reverter a percepção negativa. A visão de que a economia piorou no último ano caiu de 56% em março para 48%, mas ainda reflete insatisfação significativa.

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