iStock / Israel National News / Reprodução

Um tribunal argentino acusou Patricia Kadgien, filha do oficial nazista Friedrich Kadgien, e seu marido de ocultar obras de arte roubadas de judeus europeus durante o Holocausto. As acusações foram formalizadas em 2025, após uma série de eventos que culminaram na descoberta de um tesouro escondido.

Segundo o Israel National News, entre as peças recuperadas estão 22 obras do mestre francês Henri Matisse, encontradas durante operações policiais na cidade costeira de Mar del Plata. A investigação teve início quando o “Retrato de uma Senhora”, uma pintura do século XVIII pelo artista barroco italiano Giuseppe Ghislandi, apareceu em um anúncio de imóvel local. A pintura, desaparecida há 80 anos, fazia parte da coleção do marchand de arte judeu holandês Jacques Goudstikker, que morreu enquanto fugia da invasão nazista da Holanda em 1940.

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As autoridades afirmam que a pintura foi fotografada dentro da casa da filha de Kadgien, o que levou a uma busca que resultou na descoberta das obras de Matisse e outras peças de origem desconhecida. O casal posteriormente entregou a pintura de Ghislandi e foi formalmente acusado de “ocultação”.

Friedrich Kadgien, que foi conselheiro financeiro de Adolf Hitler, tinha a tarefa de transportar obras de arte saqueadas para a América do Sul. Ele fugiu para a Argentina após a guerra e morreu lá em 1978. Agora, sua filha e genro enfrentam processos legais devido ao tesouro escondido.

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A coleção de Goudstikker foi dividida entre os principais oficiais nazistas, incluindo o fundador da Gestapo, Hermann Goering. Embora o governo holandês tenha recuperado cerca de 300 peças após a guerra, muitas ainda estão espalhadas pelo mundo.

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