Francis Chung/Politico/Bloomberg via Getty Images / Daily Wire / Reprodução

Em uma entrevista recente, o diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH), Dr. Jay Bhattacharya, discutiu as mudanças necessárias na instituição após a pandemia de COVID-19. A conversa, conduzida por Isabel Brown no programa “The Isabel Brown Show”, abordou a perda de confiança pública e as ações para restaurá-la.

Brown iniciou destacando a confusão sobre ciência pós-pandemia, especialmente entre jovens pais, e perguntou sobre as mudanças recentes no NIH.

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Bhattacharya descreveu o NIH como uma instituição exemplar no governo dos EUA, responsável por avanços médicos ao longo do século passado. Ele enfatizou a missão de melhorar a saúde e a longevidade dos americanos, mas apontou problemas durante a pandemia, incluindo associações com lockdowns, fechamentos de escolas e possível contribuição para o surgimento do vírus por meio de pesquisas perigosas.

Ele mencionou a perda de confiança devido a mandatos de vacinas e o choque entre o ideal do NIH e os erros científicos da pandemia.

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Brown comentou sobre a recente admissão do Google, via YouTube, de ceder à pressão da administração anterior dos EUA para censurar discussões sobre COVID-19, resultando na restauração de contas anos depois.

Bhattacharya recordou um evento em março de 2021, durante uma mesa-redonda organizada pelo governador da Flórida, Ron DeSantis, onde questionou a obrigatoriedade de máscaras para crianças pequenas, citando falta de evidências científicas. Ele criticou a censura do vídeo pelo YouTube e o uso de poder governamental para silenciar debates, destacando a administração Biden como prejudicial à liberdade de expressão, essencial para a ciência.

Brown reforçou que o método científico envolve questionamento, mas isso foi invertido durante a pandemia, com censura a especialistas como Bhattacharya.

Bhattacharya refletiu sobre sua nomeação como diretor, vendo-a como uma oportunidade para restaurar o NIH, mudando práticas problemáticas e fortalecendo pesquisas fundamentais.

Ele citou uma ordem executiva do presidente dos EUA pausando pesquisas de ganho de função perigosas, que visavam prevenir pandemics mas arriscavam vazamentos laboratoriais e vacinas ineficazes.

De acordo com o Daily Wire, Bhattacharya elogiou outra ordem executiva restaurando a liberdade de expressão no NIH, eliminando a necessidade de aprovação prévia para publicações científicas, promovendo a liberdade acadêmica.

Brown indagou sobre pesquisas alarmantes além do ganho de função, questionando a ética de prosseguir apenas porque é possível.

Bhattacharya criticou a inclusão de DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) na missão do NIH, vendo-a como uma adição não articulada que distrai da ciência pura, incapaz de resolver questões de justiça social empiricamente. Ele observou que isso não melhorou a saúde de minorias, com estagnação na expectativa de vida, e defendeu remover a política para focar em pesquisas que beneficiem todos os americanos.

Brown mencionou acusações na mídia de que o presidente Trump, o secretário Kennedy e outros usam ciência para agendas políticas, especialmente no debate sobre Tylenol e autismo.

Bhattacharya explicou relatórios de dez anos atrás ligando o uso de Tylenol durante a gravidez, especialmente no final, a condições neurodesenvolvimentais como TDAH e autismo. Ele descreveu o debate científico sobre a magnitude do efeito e citou um estudo recente de pesquisadores da Universidade Harvard e da Escola de Medicina Mount Sinai, recomendando cautela: usar a menor dose pelo menor tempo possível.

Ele enfatizou informar o público sobre esses achados para decisões informadas, sem resolver o debate causal.

Brown notou a razoabilidade da discussão, contrastando com reações políticas.

Bhattacharya comparou ao debate sobre reabertura de escolas em junho de 2020, citando evidências da Suécia mostrando benefícios sem riscos elevados, e como a posição de Trump levou a mudanças em orientações sem base científica.

Ele observou Trump ecoando conselhos cautelosos sobre Tylenol em uma coletiva.

Brown expressou preocupação com desafios virais no TikTok de grávidas consumindo Tylenol excessivamente para desafiar Trump, resultando em overdoses e riscos a bebês.

Bhattacharya alertou sobre os perigos do Tylenol, o medicamento de venda livre mais arriscado devido a toxicidade hepática, e lamentou a politização da medicina.

Brown perguntou sobre iniciativas futuras e potenciais reações, mencionando Dr. Ben Carson como conselheiro de nutrição.

Bhattacharya espera sem reações negativas, pois as iniciativas fazem sentido. Ele descreveu esforços para resolver a crise de replicação na ciência, onde muitos estudos publicados não são confirmados por pesquisas independentes.

Ele citou exemplos históricos, como o tratamento de úlceras, e propôs honrar replicações, criar plataformas para resultados negativos e botões de replicação em buscas de artigos para estabelecer verdade científica por meio de consiliência.

A entrevista completa está disponível no “The Isabel Brown Show” no DailyWire+.

Essa discussão, originalmente reportada em 2025, reflete eventos passados, como a pandemia iniciada em 2020, e ações recentes até 26 de setembro de 2025.

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