Getty Images / Daily Wire / Reprodução

A Disney está enfrentando uma crise com seu público masculino jovem. Segundo relatos, a empresa perdeu o interesse dos homens da Geração Z, descritos como um grupo solitário e obcecado por jogos, que foram prejudicados em seus anos formativos pelas restrições da pandemia de COVID-19. Executivos da Disney estão em busca de soluções, considerando desde aventuras globais extravagantes até caças ao tesouro tradicionais para atrair de volta os jovens entre 13 e 28 anos.

De acordo com o Daily Wire, Bill Winters, autor best-seller e ex-redator de discursos da administração Trump nos EUA, acredita que o problema da Disney não está na falta de projetos grandiosos. Para Winters, a empresa alienou seu público ao forçar uma ideologia que minou os mesmos valores que costumava celebrar. Ele atribui a “crise dos meninos” da Disney às histórias que estão sendo contadas. “É auto-infligido”, disse Winters em uma entrevista por e-mail ao Daily Wire. “Eles precisam abandonar uma ideologia que ridicularizava a masculinidade, a cavalaria, a honra justa, o poder para propósitos nobres, o ethos guerreiro – todas essas coisas que foram rotuladas como toxicamente masculinas – e aceitar que esses atributos são bons e necessários para qualquer sociedade saudável e merecem ser explorados no entretenimento.

Winters acrescentou que essa ideologia era claramente anti-homens, mas também prejudicava as mulheres ao afastar os homens dos espaços onde elas queriam interagir com eles. Ele acredita que a Disney já deu o primeiro passo ao reconhecer que tem um problema, e o próximo passo é permanecer aberta a histórias que antes descartaria como muito tradicionais. “É hora de tradição. Histórias tradicionais perduram por uma razão”, afirmou.

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Para Winters, a solução para a sobrevivência da Disney é um retorno à tradição. Ele argumenta que a empresa precisa voltar a contar histórias tradicionais – heróis corajosos, vilões perversos e desafios de alta aposta para personagens críveis que lidam com desafios atemporais como família, romance, vingança e redenção. Essas histórias podem ser contadas no espaço ou em uma pequena cidade, pois o cenário importa menos que o enredo e os personagens.

Winters criticou a forma como a Disney trata os jovens da Geração Z, afirmando que a empresa ainda os trata como se não importassem, ao lançar reboots para obter lucro rápido, em vez de obras de arte criadas para eles. Ele mencionou franquias como “Star Wars”, “Minecraft” e novos filmes de super-heróis como exemplos de conteúdo de infância reciclado de Millennials e Geração X, além de incluir mensagens políticas ideológicas que destroem a narrativa. “Os jovens odeiam ser instruídos sobre o que pensar”, disse Winters.

Por décadas, a Disney não enfrentou esse problema. Franquias como Marvel, Star Wars e até Piratas do Caribe mantiveram o público masculino jovem entre 13 e 28 anos engajado. Winters questiona o que mudou, afirmando que a Disney foi afortunada ao adquirir algumas das narrativas mais envolventes da cultura americana com as séries originais de Star Wars e os quadrinhos da Marvel. No entanto, essas franquias foram criadas por gênios de uma geração que fizeram o trabalho pesado criativo há meio século ou mais. Executivos ideológicos desperdiçaram esse legado em troca de lucro ou usaram essas franquias para impor mensagens políticas ao público.

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