O documentário “We Will Dance Again”, que retrata o massacre no festival Supernova, venceu o prêmio Emmy na categoria de Melhor Documentário de Assuntos Atuais durante a 46ª edição anual dos News and Documentary Emmy Awards. O filme, com duração de 90 minutos, é uma coprodução da Paramount Plus e Hot 8, e foi dirigido por Yariv Mozer. Ele recebeu o prêmio em uma cerimônia realizada em Nova York, usando um broche amarelo em solidariedade aos reféns israelenses ainda mantidos em Gaza.
Em seu discurso de aceitação, Mozer destacou que, até a noite da premiação, haviam se passado 620 dias desde que israelenses e palestinos em Gaza sofreram imensamente devido à guerra iniciada pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. “We Will Dance Again é um registro histórico desses eventos trágicos”, afirmou.
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Mozer também mencionou uma recente tragédia envolvendo uma das produtoras do filme, Michal Weits, que foi hospitalizada após um míssil iraniano atingir sua casa em Tel Aviv no início desta semana. “Michal está atualmente no hospital. Desejamos a ela uma recuperação completa”, disse Mozer.
Segundo o Israel National News, no palco ao lado dos cineastas estavam Natalia Casarotti, mãe de Keshet Casarotti-Kalfa, de 21 anos, que foi morta enquanto fugia do festival, além de dois sobreviventes destacados no filme, Yuval Siman-Tov e Tamir Leshetz.
Mozer concluiu seu discurso dedicando o prêmio aos reféns ainda mantidos em Gaza. “Queremos que este ciclo de derramamento de sangue termine. Esta guerra deve acabar. Ela não deve servir aos interesses do governo de Israel ou do grupo terrorista Hamas”, declarou.
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O filme superou outros quatro indicados em sua categoria, incluindo “A Year of War: Israelis and Palestinians” da PBS. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, parabenizou Mozer: “Desejo parabenizar o diretor Yariv Mozer e todos os criadores do filme ‘We Will Dance Again’ pelo prêmio Emmy”.
“O filme dá voz aos sobreviventes do chocante massacre no festival – e conta ao mundo a história de jovens que vieram celebrar a vida e encontraram um mal inimaginável”, disse Netanyahu. “Este prêmio é um lembrete doloroso e pungente dos assassinados, um tributo comovente à reabilitação dos feridos física e psicologicamente, um tributo esperançoso às famílias e uma luta implacável para trazer de volta todos os reféns.