Na terça-feira, 29 de julho de 2025, o comentarista político Paulo Figueiredo revelou que ele e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) solicitaram ao governo do presidente Donald Trump que as sanções baseadas na Lei Magnitsky sejam inicialmente direcionadas exclusivamente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta, segundo Figueiredo, busca evitar, por ora, a inclusão de outros ministros, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, que também estão sob escrutínio do Departamento de Estado dos EUA.
“Nossa solicitação, minha e de Eduardo, é que as sanções comecem apenas por Moraes, dando uma última chance aos outros ministros para reverem suas posturas”, afirmou Figueiredo. Ele destacou que a Casa Branca sinalizou que Moraes será o primeiro a integrar a SDN List, gerida pelo Departamento do Tesouro, que bloqueia operações financeiras e comerciais com indivíduos e empresas americanas. “Uma vez na lista, bancos e empresas globais que operam em dólar iniciam bloqueios automáticos, afetando contas em instituições como Bradesco, Santander, Itaú, BTG Pactual, Nubank e Banco Inter, além de cartões como Mastercard, Visa e até UnionPay”, explicou.
Como reportado pela Revista Oeste, Figueiredo alertou que o STF pode tentar proteger Moraes com decisões judiciais que obriguem bancos brasileiros a manterem vínculos com o ministro, mesmo sob sanções. Isso colocaria as instituições financeiras em um dilema: “Ou obedecem ao STF, violando a lei americana, ou cumprem as sanções e enfrentam retaliações do Judiciário brasileiro”. Ele citou o caso do banco francês BNP Paribas, multado em US$ 8,9 bilhões por descumprir a Lei Magnitsky, como exemplo de penalidades severas que poderiam “quebrar qualquer banco no Brasil” e até colapsar o sistema financeiro nacional.
Para evitar uma crise maior, Figueiredo e Eduardo propõem três medidas: a aprovação de uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o impeachment de Moraes e a implementação do voto impresso e auditável para as eleições de 2026. “Tentar proteger um único homem ou poucas autoridades pode levar o Brasil ao colapso”, alertou Figueiredo.