A empresa xAI, de Elon Musk, firmou um acordo com a Administração de Serviços Gerais (GSA) dos Estados Unidos para disponibilizar o chatbot de inteligência artificial Grok a agências federais do governo norte-americano, conforme anunciou o braço de aquisições do governo em 25 de setembro de 2025.
Esse contrato reflete o esforço de Washington para ampliar o uso de IA nas operações governamentais, ao mesmo tempo que intensifica a competição entre os principais desenvolvedores dessa tecnologia em expansão pelo mercado federal.
O acordo, válido até março de 2027, permite que as agências adquiram modelos do Grok por 42 centavos de dólar por organização, em comparação com o valor de 1 dólar por ano cobrado pela OpenAI pelo acesso ao seu serviço ChatGPT, segundo informou a GSA.
O contrato abrange os modelos Grok 4 e Grok 4 Fast, descritos pela xAI como seus modelos de raciocínio mais avançados. A agência afirmou que engenheiros da xAI também auxiliarão as agências na implementação.
PUBLICIDADE
As agências terão ainda a opção de atualizar para assinaturas empresariais do Grok, alinhadas aos padrões de segurança federal, oferecendo recursos expandidos e limites de uso mais elevados.
De acordo com o Daily Wire, no entanto, críticos apontaram que o Grok gerou respostas factualmente incorretas e comentários com viés político, o que reflete dúvidas mais amplas sobre a confiabilidade da IA generativa.
Grupos de defesa destacaram episódios em que o sistema produziu linguagem ofensiva ou alegações com tom conspiratório, levantando questões sobre as salvaguardas incorporadas em seus algoritmos.
PUBLICIDADE
O acordo é o mais recente sob a “OneGov Strategy” da GSA, lançada em abril, com o objetivo de padronizar as aquisições de tecnologia e expandir o uso de IA no governo. Outros fornecedores no programa incluem OpenAI, Meta Platforms, Google da Alphabet e Anthropic.
A GSA também aprovou o modelo Llama da Meta para uso por agências nesta semana, tornando-o disponível para clientes federais sem custo algum.
(Reportagem de Akash Sriram em Bengaluru; Edição de Anil D’Silva)