Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o Iêmen, a embaixadora Dorothy Shea, representante interina dos EUA na ONU, condenou veementemente os recentes ataques houthis no Mar Vermelho, classificando-os como “ataques terroristas não provocados” contra navios de carga civis.
Segundo o Israel National News, Shea detalhou incidentes envolvendo os navios Magic Seas e Eternity C, afirmando que “o último ataque resultou na trágica perda de pelo menos quatro marinheiros, muitos outros feridos e a perda total dos dois navios”. Ela acusou os houthis de obstruir operações de resgate e sequestrar pelo menos 11 membros da tripulação do Eternity C. “Exigimos a libertação imediata e incondicional dos tripulantes sequestrados, assim como continuamos a exigir a libertação de todo o pessoal da ONU, ONGs e diplomatas mantidos há mais de um ano”, declarou.
A embaixadora alertou que “os ataques a navios comerciais são uma clara demonstração da presença desestabilizadora dos houthis na região e da interferência na liberdade de navegação”. Ela observou que os houthis emitiram ameaças explícitas a navios que atracam em portos de Israel e, no dia 8 de agosto de 2025, “lançaram um míssil contra Israel, mirando o Aeroporto Ben Gurion”. Shea afirmou: “Estamos ao lado de Israel em seu direito à autodefesa contra os houthis”.
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Shea também destacou o papel do Irã em permitir a escalada houthi por meio de apoio contínuo. “A desobediência do Irã às resoluções deste Conselho permite que os houthis aumentem as tensões regionais”, declarou, elogiando as forças alinhadas ao governo iemenita pela apreensão, em julho de 2025, de 750 toneladas de armas iranianas. Ela instou: “Pedimos à Secretaria da ONU que facilite a inspeção dessa apreensão pelo Painel de Especialistas do Iêmen o mais rápido possível”.
Abordando o impacto humanitário, Shea acusou os houthis de avançar seus próprios interesses “com pouco respeito pelo impacto que causam na região ou no povo iemenita”. Ela acrescentou: “Eles invadiram depósitos de organizações humanitárias, ameaçando tomar seus ativos se não cooperarem com as empresas criminosas dos houthis”.
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A enviada dos EUA reiterou o apelo de Washington para encerrar a Missão da ONU para Apoiar o Acordo de Hudaydah (UNMHA). “A revisão do Secretário-Geral precisa reconhecer que o tempo da UNMHA já passou”, disse, solicitando apoio financeiro para o Mecanismo de Verificação e Inspeção da ONU (UNVIM). “O fato de os houthis terem pedido ao Secretário-Geral da ONU que abolisse o UNVIM aponta para sua eficácia em prevenir o envio ilícito de armas aos houthis”.