Daily Wire / Reprodução

Na terça-feira, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA, sob a administração de Donald Trump, tomou uma decisão histórica ao revogar a chamada “encontrada de risco” de 2009 para emissões de gases de efeito estufa. Este movimento representa uma das mudanças mais significativas no estado regulatório moderno.

A Lei do Ar Limpo, implementada na década de 1970, autoriza a EPA a regular poluentes como ozônio, material particulado, dióxido de enxofre e outros que possam ameaçar a saúde pública ou o bem-estar. No entanto, durante a administração de Barack Obama, a EPA sugeriu que essa lei poderia ser usada para regular as emissões de carbono, uma ideia considerada absurda por muitos.

A Lei do Ar Limpo foi originalmente concebida para combater a poluição por material particulado e a degradação da camada de ozônio, não para lidar com o carbono, especialmente o dióxido de carbono, que é um subproduto natural da respiração humana.

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O dióxido de carbono não representa um perigo para os seres humanos no ambiente. Embora possa haver preocupações sobre seu impacto nas mudanças climáticas globais, a autoridade da EPA para regular o dióxido de carbono sob a Lei do Ar Limpo é questionável. Se o Congresso quisesse conceder essa autoridade à EPA, poderia ter feito isso, mas nunca o fez.

Em 2007, a Suprema Corte dos EUA determinou que os gases de efeito estufa poderiam ser classificados como poluentes sob uma interpretação extremamente ampla da lei. A “encontrada de risco” de 2009, durante a administração Obama, afirmou que “há alguma evidência de que concentrações elevadas de dióxido de carbono e mudanças climáticas podem levar a alterações em aeroalérgenos que poderiam aumentar o potencial para doenças alergênicas”.

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Conforme relatado pelo Daily Wire, na terça-feira, o Departamento de Energia dos EUA publicou uma análise abrangente sobre a ciência do clima e suas incertezas, realizada por cinco cientistas externos, incluindo Steven Koonin, que serviu na administração Obama. O ponto crucial é que o CO2 é diferente dos poluentes que o Congresso autorizou explicitamente a EPA a regular. Esses poluentes “estão sujeitos a controle regulatório porque causam problemas locais dependendo de concentrações que incluem incômodos (odor, visibilidade), danos às plantas e, em níveis de exposição suficientemente altos, efeitos toxicológicos em humanos”, segundo o relatório. “Em contraste, o CO2 é inodoro, não afeta a visibilidade e não tem efeitos toxicológicos em níveis ambientais.

Em outras palavras, níveis mais altos de CO2 no ar provenientes de combustíveis fósseis não causam doenças. O administrador da EPA, Lee Zeldin, e o Secretário de Energia, Chris Wright, estão liderando essa revisão. Com a revogação da política anterior, a Lei do Ar Limpo não se aplica mais à regulamentação de gases de efeito estufa.

Essa mudança tem implicações extraordinárias para a economia americana. A revogação da regulamentação de gases de efeito estufa sob a Lei do Ar Limpo representa uma economia de aproximadamente US$ 54 bilhões por ano. Se multiplicarmos esse valor ao longo dos últimos 15 anos, estamos falando de uma economia superior a US$ 800 bilhões, tudo isso baseado em uma agência reguladora que excedeu radicalmente seus limites.

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