Michael Kappeler/dpa via Reuters Connect / Israel National News / Reprodução

Tensões entre aliados da OTAN surgiram na quinta-feira, quando o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou duramente a Alemanha por sua posição sobre a campanha militar de Israel em Gaza, conforme relatado pela Reuters.

Os comentários ocorreram durante uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, na primeira visita oficial de Merz à Turquia desde que assumiu o cargo.

Erdogan, que tem sido um crítico ferrenho das ações de Israel em Gaza, apesar de seu papel central nas negociações recentes de cessar-fogo, acusou a Alemanha de ignorar o que ele chamou de “genocídio”.

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“O Hamas não tem bombas ou armas nucleares, mas Israel tem tudo isso e usa essas armas para atacar Gaza, por exemplo, com aqueles bombardeios novamente na noite passada”, disse Erdogan. “Vocês, como Alemanha, não veem isso? Vocês, como Alemanha, não acompanham isso? Além de atacar Gaza, Israel sempre buscou suprimi-la por meio de fome e genocídio”, acrescentou.

Merz respondeu reafirmando o apoio da Alemanha a Israel após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. “Bastaria uma decisão para evitar inúmeras vítimas desnecessárias. O Hamas deveria ter libertado os reféns mais cedo e deposto as armas”, afirmou Merz.

Ele expressou esperança de que a guerra esteja se aproximando do fim sob o acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA e apoiado pela Turquia.

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De acordo com o Israel National News, Erdogan intensificou seus ataques verbais contra Israel desde 7 de outubro de 2023. Em março, Erdogan criticou Israel e o descreveu como um “estado terrorista” após o lançamento de ataques surpresa contra alvos terroristas na Faixa de Gaza.

Em junho, o presidente da Turquia alegou que o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, representa a maior ameaça à segurança no Oriente Médio.

Embora Merz tenha criticado aspectos da conduta de Israel em Gaza, o que levou a Alemanha a suspender exportações militares no início deste ano, ele evitou endossar as acusações de genocídio. “A crítica a Israel não deve se tornar pretexto para antissemitismo”, disse ele.

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