Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alexsandra Aparecida da Silva deveria ter sido libertada na quarta-feira, 15 de outubro de 2025, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogar sua prisão preventiva. No entanto, a ordem não foi executada.

O ministro enviou o alvará de soltura para o presídio equivocado. O documento foi encaminhado ao Presídio de Varginha, em Minas Gerais, mas Alexsandra está detida na Penitenciária de Três Corações, também em Minas Gerais, desde julho.

De acordo com o Revista Oeste, isso levou a defesa a recorrer ao STF no dia seguinte. Os advogados Wesley Bastos e Murilo Lima notificaram o tribunal sobre o equívoco e solicitaram uma correção urgente.

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“Assim, considerando que até o momento que subscrevo este petitório a Penitenciária de Três Corações alegou desconhecimento do referido Alvará de Soltura, faz-se necessário, data máxima vênia, a expedição e Novo Alvará de Soltura endereçado à Penitenciária de Três Corações – MG, local onde a ré está presa”, escreveu Bastos.

Alexsandra enfrenta problemas de depressão, ansiedade e crises de pânico. De acordo com a defesa, ela também está passando por exames para investigar nódulos nos seios.

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Com a concessão da liberdade, ela terá de cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, retenção de passaporte, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, proibição de uso de redes sociais e comparecimento semanal ao fórum.

Moraes também determinou a soltura de Divanio Gonçalves, outro réu envolvido nos eventos de 8 de janeiro. Ele permaneceu preso por seis meses, apesar de estar cumprindo todas as medidas cautelares impostas.

A Justiça de Minas Gerais manteve a prisão preventiva de Gonçalves com base em um relatório incorreto. A Procuradoria-Geral da República revisou o caso e recomendou a libertação.

Um detalhe técnico causou a falha: o Juízo de Execução Penal, localizado no 3º andar do Fórum de Uberlândia, recebeu a ordem judicial. No entanto, Gonçalves cumpria as medidas na Vara de Violência Doméstica, no 1º andar do mesmo prédio. Moraes autorizou a soltura do réu e concedeu dois dias para que a Justiça mineira esclareça o erro no envio dos relatórios.

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