Várias estrelas da Marvel estão incentivando um boicote à própria empresa controladora, a Disney, após a suspensão do programa Jimmy Kimmel Live na semana passada. O show é exibido pela ABC, que também pertence à Disney.
A atriz Tatiana Maslany, de She-Hulk, orientou seus seguidores no Instagram a cancelarem os serviços de streaming, escrevendo: “Cancelem suas assinaturas do @disneyplus @hulu @espn!”.
O ator Pedro Pascal compartilhou uma mensagem semelhante nas redes sociais na quinta-feira, pedindo aos fãs que boicotem a empresa para “defender a liberdade de expressão” e “defender a democracia”.
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Marisa Tomei, que interpretou a Tia May em vários filmes do Homem-Aranha da Marvel, também instruiu seus seguidores a “cancelarem a assinatura e boicotarem” a Disney e a ABC.
O ator da Marvel e ativista de esquerda Mark Ruffalo escreveu que as ações da empresa “vão cair ainda mais se cancelarem” o programa de Kimmel permanentemente.
Disney não quer ser a responsável por quebrar a América”, escreveu Ruffalo em uma postagem no Threads. Ele também expressou apoio a Kimmel ao postar uma foto deles juntos, com a legenda: “Estou com você, Jimmy Kimmel Live!”.
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Ruffalo afirmou durante um evento online No Kings: “Minha indústria não entende realmente o que está acontecendo agora, mas o que eles entendem é que nossa liberdade de expressão está sendo atacada”.
O criador de Lost, Damon Lindelof, ameaçou romper laços com a Disney nas redes sociais, dizendo que não poderia “de boa consciência trabalhar para a empresa” até que o programa de Kimmel volte ao ar. A ameaça de Lindelof é significativa porque ele está envolvido em um projeto futuro de Star Wars e Lucasfilm, de acordo com o The Hollywood Reporter. A Disney é proprietária da Lucasfilm e da marca Star Wars.
Fiquei chocado, triste e furioso com a suspensão de ontem e espero que ela seja revogada em breve. Se não for, não posso de boa consciência trabalhar para a empresa que a impôs”, escreveu Lindelof.
Uma declaração expressando indignação com a suspensão foi assinada por mais de 600 comediantes, incluindo Jimmy Fallon, Chelsea Handler, Rosie O’Donnell, W. Kamau Bell, Kathy Griffin, David Cross, Kevin Nealon, Margaret Cho e outros.
É um momento sombrio para os comediantes e, por extensão, para todos os americanos”, diz o texto. “Quando o governo mira em um de nós, mira em todos nós. Eles atacam o coração da nossa humanidade compartilhada. Eles retiram o direito básico que toda pessoa merece: falar livremente, questionar com ousadia e rir alto”.
Os comentários de Kimmel que provocaram a reação incluíram a alegação falsa do apresentador de que o assassino de Kirk era um apoiador do MAGA. Investigadores afirmam que Tyler Robinson, o homem de 22 anos preso pelo assassinato de Kirk, estava profundamente imerso em ideologia de esquerda e não gostava do comentarista conservador por suas crenças.
Nós atingimos novos baixos no fim de semana com a gangue MAGA tentando desesperadamente caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa menos um deles e fazendo tudo o que podem para ganhar pontos políticos com isso”, disse Kimmel em seu programa na semana passada.
A suspensão do apresentador de TV ocorreu em meio a pressões de empresas de transmissão que possuem afiliadas da ABC, incluindo Nexstar e Sinclair, que retiraram o programa de suas estações.
De acordo com o Daily Wire, esses eventos destacam as tensões no setor de entretenimento dos EUA relacionadas à liberdade de expressão.
