Reuters / Israel National News / Reprodução

A Casa Branca, nos Estados Unidos, está impulsionando um plano para a governança de Gaza após a guerra, que colocaria o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair à frente de uma autoridade internacional temporária, sem envolvimento inicial da Autoridade Palestina (AP).

De acordo com o Israel National News, uma fonte política israelense sênior informou ao jornal Haaretz, em 26 de setembro de 2025, que o plano inclui um órgão internacional de vários anos para supervisionar a reconstrução e a administração de Gaza.

Uma força estrangeira seria estacionada na Faixa de Gaza para proteger as fronteiras e impedir que o Hamas se reorganize.

A fonte israelense destacou que o plano está “tomando forma” e conta com o apoio total do presidente dos EUA, Donald Trump.

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Oficiais israelenses não rejeitaram a proposta, conforme o Haaretz.

Uma fonte árabe confirmou o plano e afirmou que a autoridade internacional seria mandatada pelo Conselho de Segurança da ONU e, eventualmente, coordenaria com a AP, à qual transferiria o controle.

No entanto, o plano carece de clareza sobre o cronograma dessa transição.

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“Há preocupação de que Netanyahu aproveite essa ambiguidade para sabotar o envolvimento da AP em Gaza”, alertou a fonte.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, opõem-se firmemente ao governo da AP em Gaza.

A fonte israelense descreveu a AP como “uma entidade complexa”, acrescentando: “Não a vejo assumindo qualquer responsabilidade oficial”.

A fonte também reconheceu que, embora o papel futuro do Hamas permaneça incerto, Israel não se opõe “ao envolvimento de uma força internacional com Blair”.

Blair participou de uma reunião de política sobre Gaza presidida por Trump no final do mês passado.

O plano deve ser discutido na reunião entre Netanyahu e Trump em Washington, na segunda-feira, descrita pela fonte como “importante”.

Em 26 de setembro de 2025, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, Trump afirmou que um esforço internacional está em andamento para encerrar as hostilidades em Gaza e garantir um acordo de libertação de reféns.

“Tive uma ótima reunião com líderes [do Oriente Médio]… na Assembleia Geral da ONU – e acho que estamos perto de fechar algum tipo de acordo. Queremos trazer os reféns de volta. Tenho que trazer os reféns de volta”, declarou o presidente Trump.

Quando questionado se ele e Erdogan estavam alinhados sobre o conflito em Gaza, Trump respondeu: “Bem, não sei a posição dele, não posso te dizer sobre isso”.

Na quarta-feira, o enviado dos EUA, Steve Witkoff, disse que estava confiante de que um avanço seria alcançado nos próximos dias, embora tenha se recusado a compartilhar mais detalhes.

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