Na terça-feira, 22 de julho de 2025, o Departamento de Estado dos EUA, liderado por Marco Rubio, usou sua conta oficial no X para condenar a Europa por censurar e punir milhares de pessoas que criticam seus governos nas redes sociais. “Na Europa, milhares estão sendo condenados pelo crime de criticar seus próprios governos. Essa mensagem orwelliana não enganará os Estados Unidos. Censura não é liberdade”, afirmou o órgão, em resposta a uma postagem da Missão Francesa nas Nações Unidas, que defendia a liberdade de expressão na Europa, mas com restrições a conteúdos considerados ilegais.

O Departamento de Estado rebateu, riscando a mensagem francesa e declarando que a Lei de Serviços Digitais (Digital Service Act, DSA), aprovada pela União Europeia para regular redes sociais, marketplaces e plataformas digitais, serve apenas para “proteger líderes europeus de seu próprio povo”. Como reportado pela Revista Oeste, as tensões entre a administração de Donald Trump e a União Europeia têm crescido devido a regras, investigações e punições contra grandes empresas de tecnologia americanas. Um alívio recente ocorreu quando a Comissão Europeia descartou a imposição de impostos sobre empresas digitais nos próximos sete anos, uma vitória para os EUA.

Os Estados Unidos defendem um modelo amplo de liberdade de expressão nas redes sociais, enquanto a Europa, a exemplo do Brasil, adota políticas de filtragem de conteúdos, censurando postagens classificadas como “discurso de ódio”, “antidemocráticas” ou ofensivas a minorias. Em fevereiro de 2025, durante a Conferência de Segurança de Munique, o vice-presidente americano, J.D. Vance, expressou preocupação com a erosão dos valores democráticos na Europa, especialmente a liberdade de expressão. Ele criticou medidas como a ameaça de suspender redes sociais durante períodos de “agitação civil” por conteúdos de ódio e ações policiais contra cidadãos por comentários antifeministas online, citando um “dia de ação contra a misoginia na internet” em um país europeu.