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A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto de 2025, deve ser mantida, segundo fontes diplomáticas citadas pelo jornalista Cláudio Humberto. A decisão reflete a irritação do presidente Donald Trump com a perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e atos de censura atribuídos ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teriam afetado empresas e cidadãos americanos. Como reportado pela Revista Oeste, o Bureau of Western Hemisphere Affairs também sinalizou novas sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky.

Do ponto de vista econômico, o impacto para os EUA é mínimo, já que o Brasil representa apenas 1,1% de suas importações, com US$ 40,3 bilhões em 2024, frente a um total de US$ 3,4 trilhões. No entanto, os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, absorvendo 12% do total. Entre os países do Brics, o Brasil é visto como o elo mais vulnerável, incapaz de retaliar como potências como China, Índia ou Rússia, tornando-se um alvo fácil para pressões comerciais.

A política econômica do governo Lula, marcada por aumento de impostos e retórica de confronto de classes, tem agravado a fuga de capitais. Dados do Banco Central mostram que, em 2024, US$ 654 bilhões foram enviados ao exterior por brasileiros. O chanceler Mauro Vieira, após receber a carta crítica de Trump, evitou incluir Washington em sua recente viagem aos EUA, onde participou de compromissos na ONU, para não desagradar Lula, segundo fontes diplomáticas.

Além das tarifas, o Brasil pode enfrentar outras sanções, ampliando o impacto econômico e político da crise nas relações bilaterais com os EUA.

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