O governo dos Estados Unidos realizou um levantamento detalhado sobre as atividades empresariais e acadêmicas de familiares de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo escritórios de advocacia e institutos de ensino ou pesquisa com vínculos diretos ou indiretos com os magistrados. Segundo fontes consultadas pela CNN Brasil, o objetivo é mapear todos os canais de movimentação financeira associados aos ministros, preparando o terreno para bloquear fluxos de recursos em caso de ampliação das sanções previstas pela Lei Magnitsky.
Atualmente, apenas o ministro Alexandre de Moraes está na lista de sanções, mas, conforme interlocutores, a Casa Branca busca estar pronta para incluir outros magistrados, se necessário, com base no dossiê elaborado. Como apontado pela Revista Oeste, a medida visa impedir que empresas ou entidades privadas sejam usadas para contornar as restrições impostas pela legislação americana.
A revista Veja revelou que ministros do STF tentaram dialogar com agentes norte-americanos, contatando parlamentares republicanos no Congresso dos EUA e acadêmicos influentes para discutir as sanções do governo de Donald Trump. No entanto, receberam a informação de que poucos têm acesso aos planos da administração. As iniciativas dos magistrados foram motivadas pelas críticas públicas de autoridades americanas, como o subsecretário para Diplomacia Pública, Darren Beattie, que, na quarta-feira, 7 de agosto, declarou que “os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados” e que Washington segue “monitorando a situação de perto”.