Israel National News / Reprodução

Em entrevista recente ao jornal Kan, o embaixador dos EUA, Mike Huckabee, abordou as perspectivas para o fim da guerra em Gaza. Ele afirmou que não seria apropriado aconselhar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre os próximos passos a serem tomados. Huckabee destacou a necessidade de garantir que o Hamas esteja realmente comprometido com um acordo, já que, em negociações anteriores, o grupo terrorista mudou suas condições no último momento.

O embaixador ressaltou que o presidente dos EUA, Donald Trump, deixou clara sua posição: todos os reféns devem retornar a Israel, e o Hamas não pode continuar no controle de Gaza. Huckabee comparou a situação do Hamas à dos nazistas no final da Segunda Guerra Mundial, que precisaram ser desalojados do poder. Ele mencionou o massacre de 7 de outubro de 2023, no qual 1.200 israelenses foram assassinados, como um ato imperdoável, afirmando que não se pode permitir que o Hamas retenha qualquer sensação de vitória.

Huckabee afirmou que os EUA não interfeririam se Israel aceitasse um acordo parcial. Ele enfatizou que os EUA não imporiam uma decisão ou mandato a Israel, pois essa é uma decisão israelense. Ele comparou a situação hipotética em que Israel diria aos EUA o que fazer se houvesse reféns americanos, ressaltando que os EUA permitiriam que Israel tomasse a melhor decisão para os reféns e o futuro do país.

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As famílias dos reféns pediram um referendo sobre qualquer acordo proposto. Huckabee reconheceu que essa é uma decisão difícil e que haverá pessoas que apoiarão e outras que se oporão a qualquer plano. Ele sublinhou a importância de lembrar que o sofrimento é resultado das ações do Hamas, que agiu como “selvagens incivilizados”.

De acordo com o Israel National News, o embaixador denunciou relatos de que Steve Witkoff, um empresário americano, não estaria mais pressionando pelo retorno de todos os reféns como “totalmente infundados”. Ele também rejeitou a ideia de um cronograma para o fim da guerra, afirmando que, se o objetivo fosse apenas encerrar o conflito, isso poderia ter sido feito há vinte e dois meses. No entanto, o objetivo é garantir que nunca mais haja outro massacre ou mais reféns, evitando que outras 250 famílias passem pelo mesmo sofrimento.

Huckabee expressou preocupação com a situação dos reféns, que estão sendo submetidos à fome e humilhação. Ele lamentou que muitos países estejam pressionando mais Israel do que o Hamas, o que ele considera inaceitável.

O embaixador esclareceu que os EUA já estão trabalhando para impedir que outros países reconheçam um Estado palestino. Ele afirmou que os EUA não têm intenção de participar desse “jogo ridículo” que prolonga a situação dos reféns. Huckabee mencionou que, durante as negociações, algumas nações europeias começaram a falar sobre o reconhecimento unilateral de um Estado palestino, o que deixou o Hamas “eufórico”.

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Huckabee alertou que, se a Europa insistir em reconhecer um Estado palestino, Israel declarará soberania sobre partes da Judeia e Samaria. Ele destacou que tal movimento violaria os Acordos de Oslo, que enfatizam o diálogo e a cooperação. Embora a Europa possa ter boas intenções, Huckabee acredita que está retrocedendo no processo. Ele afirmou que os EUA não participarão desse “circo” na ONU no próximo mês.

Sobre os relatos de fome em Gaza, Huckabee reconheceu que algumas pessoas estão passando fome e privação, mas rejeitou a ideia de uma fome em massa. Ele lembrou que a razão pela qual as pessoas estão com fome é porque a comida é levada para os depósitos do Hamas e não é distribuída. Huckabee questionou por que as pessoas não condenam mais os serviços de ajuda da ONU, cujos próprios números mostram que 92% da ajuda é saqueada ou roubada antes de chegar aos necessitados.

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