O ex-Comandante da Marinha de Israel, Contra-Almirante (Res.) Eliezer Marom, falou na quarta-feira com Arad Nir sobre a operação planejada na Faixa de Gaza e deixou claro que Israel não pode fazer um acordo parcial com o Hamas. De acordo com Marom, o Hamas está muito preocupado com a decisão de Israel de lançar uma ofensiva em Gaza City, apesar do perigo para os reféns.
“Qualquer acordo parcial permitiria ao Hamas 60 dias para se reagrupar, e o que dissemos em Khan Yunis acontecerá em outros lugares também”, declarou ele, referindo-se a um incidente ocorrido mais cedo no dia, onde uma célula de pelo menos 18 terroristas armados tentou invadir um posto avançado das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Khan Yunis. As tropas no posto eliminaram a maioria dos terroristas e frustraram o ataque.
Marom explicou que Israel tem duas opções: um acordo abrangente ou uma operação complexa em Gaza.
PUBLICIDADE
Segundo o Israel National News, no início desta semana, o Hamas afirmou que concordou com um cessar-fogo e um acordo de reféns proposto pelos mediadores egípcios e qatarianos.
Um alto funcionário palestino árabe informou ao canal libanês Al-Mayadeen, associado ao Hezbollah, que a proposta inclui uma retirada de até um quilômetro nas áreas norte e leste da Faixa de Gaza, excluindo os bairros de Al-Shujaiya e Beit Lahia. Em troca de dez reféns vivos, 140 terroristas condenados à prisão perpétua e outros 60 condenados a mais de 15 anos de prisão seriam libertados das prisões israelenses.
Conforme relatado por Israel National News, a proposta também inclui alterações nos mapas de implantação das forças da IDF no norte e leste de Gaza. A ajuda humanitária entraria na Faixa imediatamente após a implementação do acordo em grandes quantidades, de acordo com o acordo assinado em 19 de janeiro de 2023. A ajuda incluirá combustível, água, eletricidade, equipamentos para reabilitação de hospitais e padarias, e equipamentos para remoção de escombros.