O ex-diretor do FBI dos EUA, James Comey, foi indiciado por acusações de fazer declarações falsas e obstrução, apenas dias depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu publicamente à procuradora-geral Pam Bondi para processar Comey e outras figuras que ele considera adversários políticos.
Esse indiciamento representa um momento histórico, tornando Comey o primeiro ex-oficial sênior do governo a enfrentar processo criminal ligado a uma das queixas de longa data de Trump: a investigação do FBI sobre a interferência russa nas eleições de 2016 nos EUA.
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Essa investigação, conhecida internamente como “Crossfire Hurricane”, foi repetidamente condenada por Trump e seus apoiadores como uma “farsa” e “caça às bruxas”.
As acusações contra Comey derivam de seu testemunho em 30 de setembro de 2020 perante o Congresso dos EUA, sobre seu papel no manejo da investigação Trump-Rússia pelo FBI.
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De acordo com o Israel National News, a Fox News Digital reportou pela primeira vez em julho que Comey estava sob investigação criminal pelo FBI. Os promotores enfrentaram um prazo de cinco anos para apresentar acusações, que expirou na terça-feira.
O Departamento de Justiça dos EUA, agora liderado pela aliada de Trump, Pam Bondi, enfrenta escrutínio renovado por preocupações de que está sendo usado para mirar indivíduos que o presidente considera inimigos políticos. Bondi, no entanto, defendeu o indiciamento, afirmando no X: “O indiciamento de hoje reflete o compromisso deste Departamento de Justiça em responsabilizar aqueles que abusam de posições de poder por enganar o povo americano. Nós seguiremos os fatos neste caso.”
Ela acrescentou: “ninguém está acima da lei”, mas não forneceu mais comentários.
Trump demitiu Comey em maio de 2017, após assumir o cargo em janeiro daquele ano. A investigação original “Crossfire Hurricane” foi posteriormente entregue ao conselheiro especial Robert Mueller, cuja investigação de quase dois anos concluiu em março de 2019 sem encontrar evidências de conspiração criminal ou coordenação entre a campanha de Trump e oficiais russos.
