Geraldo Magela/Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou uma nova fase nesta segunda-feira, 8 de setembro de 2025, ao ouvir o depoimento de Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social do Brasil. Ele é o primeiro ex-titular da pasta a ser ouvido pelo colegiado, e o foco do interrogatório está na sua gestão, que foi marcada por um escândalo envolvendo descontos irregulares em benefícios previdenciários.

Segundo o Revista Oeste, Lupi comandava o ministério quando surgiram denúncias de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. Após a revelação do caso, ele foi pressionado e acabou pedindo demissão em maio deste ano, em meio ao aumento das cobranças por explicações sobre o esquema fraudulento.

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Até o momento, a comissão ouviu apenas especialistas e profissionais ligados às investigações, incluindo representantes da Polícia Federal do Brasil, da Controladoria-Geral da União e da Defensoria Pública da União, além do advogado Eli Cohen. O depoimento de Lupi marca a primeira participação de figuras políticas no inquérito.

O ex-ministro afirmou à CNN Brasil que está com a “consciência e alma tranquilas” e disposto a responder às perguntas dos deputados e senadores. A oposição está particularmente atenta à sessão, tentando entender se as fraudes no INSS têm alguma conexão com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva do Brasil.

O cronograma da CPMI inclui ainda os depoimentos dos empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, marcado para o dia 15 de setembro, e Maurício Camisotti, previsto para o dia 18 de setembro. Ambos estão sendo investigados pela Polícia Federal do Brasil por seu envolvimento no esquema de fraudes.

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A comissão foi instalada em 20 de agosto de 2025 e busca esclarecer os fatos relacionados ao escândalo. Estima-se que a movimentação financeira decorrente de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, entre 2019 e 2024, totalizou quase R$ 6,5 bilhões. A fraude foi descoberta após uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, realizada em abril de 2025.

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