O ex-refém do Hamas Omer Shem Tov, que passou 505 dias em cativeiro após ser sequestrado no festival de música Supernova durante o massacre de 7 de outubro, compartilhou sua experiência na conferência AmericaFest da Turning Point USA.
Em um momento, ele estava dançando com amigos, e no seguinte, foi arrastado para Gaza na caçamba de uma picape. Shem Tov descreveu os 505 dias passados em túneis subterrâneos de terror, sem ar fresco, sem luz solar e sem noção de tempo. Era escuridão total, 24 horas por dia, a ponto de ele achar que havia ficado cego, sem conseguir ver a própria mão à frente do rosto.
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Ele falou sobre o impacto físico e emocional: a fome era constante, deixando-o fraco, desidratado e faminto. Muitos dias, tudo o que tinha era um único biscoito e algumas gotas de água salgada. Mas o pior era a solidão. Diferente de outros reféns que ficavam juntos, ele passou mais de um ano sem ver outro prisioneiro, sem vozes, rostos ou contato humano, apenas silêncio, escuridão e medo.
Omer contou que encontrou Deus naquele lugar sombrio. Antes do cativeiro, ele nunca havia realmente falado com Deus, mas na escuridão, começou a orar diariamente. Sussurrava: “Deus, como você está? Como foi o seu dia? Você está bem?” E sentia a presença divina, agradecendo por tudo, inclusive pela pouca comida, pela água salgada e pela vida, mesmo em perigo constante.
Embora não tenha sido resgatado pelas forças israelenses, ele ouviu o Exército de Defesa de Israel (IDF) lutando diretamente acima dele. Cerca de 100 dias após o sequestro, o IDF combateu logo acima, e ao se retirarem, deixaram livros para trás, que os captores entregaram a ele.
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De acordo com o Israel National News, entre os livros descartados, ele encontrou um pequeno cartão com o Salmo 20: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiaremos no nome do Senhor nosso Deus.” Naquele momento, ele não sabia, mas sua mãe recitava o mesmo salmo no quarto dele em Israel, orando por seu retorno. O salmo continua: “Senhor, responde-nos quando clamamos.” Deus respondeu, e nos túneis, Omer encontrou Deus, que o salvou.
Omer lembrou à plateia que sua luta não era apenas pessoal, mas parte de um conflito maior. Ele destacou que os mesmos terroristas radicais cometeram violência em Israel, na Europa, há pouco tempo na Austrália e até nos Estados Unidos, incluindo o ataque em Washington DC, onde dois guardas nacionais foram baleados. Esse é o mal que estamos combatendo, não um conflito distante, mas terroristas que atacam a liberdade onde ela não é defendida.
Ele citou Charlie Kirk, fundador da Turning Point, de abençoada memória: “Israel é um país civilizado. O Hamas são animais selvagens.” Como alguém que passou 505 dias como refém deles, Omer confirmou que Kirk estava certo: eles são animais selvagens.
Shem Tov reservou agradecimentos especiais ao presidente dos EUA, Donald Trump. Os terroristas que o mantinham cativo temiam Trump mais do que qualquer um. Quando ele foi eleito, o tratamento mudou completamente, pois eles estavam aterrorizados. Em nome dos reféns, suas famílias e da nação, Omer agradeceu a Trump pela liberdade. Ele lutou por eles e os trouxe para casa. Ao se encontrarem na Casa Branca, Trump prometeu trazer de volta os reféns restantes, vivos e mortos, em um único acordo, e cumpriu a promessa. Omer disse a ele que foi enviado por Deus e o agradeceu.
Ele também agradeceu a todos que oraram e defenderam a verdade, pois essa luta é entre o bem e o mal, contra terroristas que transformam hospitais em câmaras de tortura, escolas em bases militares, assassinam jovens em festivais de música, matam judeus por serem judeus e cristãos por serem cristãos. Esse mal está se espalhando, mas unidos, eles se sentem fortes. Hoje, em 20 de dezembro de 2025, Omer se apresenta não como vítima, mas como testemunha do que a fé pode construir, da resiliência que sustenta e do que acontece quando uma pessoa e uma nação se recusam a se render.









