O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, optou por permanecer afastado do Senado. Com isso, ele não deve tomar parte na votação sobre a indicação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta semana, Fávaro destacou que seu suplente, o senador José Lacerda (PSD-MT), está alinhado com o governo e trabalhará para aprovar o nome selecionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Fávaro afirmou que não planeja retomar o mandato de senador apenas para participar da sabatina. Ele avalia que sua atuação no ministério é mais benéfica no momento atual. Segundo ele, Lacerda reflete fielmente sua posição.
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A decisão tem caráter estratégico. Nos bastidores, existia o temor de que a primeira suplente de Fávaro, Margareth Buzetti (PP-MT), pudesse reassumir a vaga no Senado. Em julho, ela apontou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como responsável pelas medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que provocou desconfiança entre aliados de Lula.
De acordo com o Revista Oeste, Lula indicou Messias para ocupar a vaga de Luís Roberto Barroso no STF. O advogado-geral da União necessita de 41 votos no plenário do Senado para validar a indicação e assumir o cargo de ministro do Supremo.
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Antes de chegar ao plenário, a indicação do chefe da AGU será examinada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), agendou a sabatina para 10 de dezembro. Líderes do Planalto seguem negociando ajustes na data para assegurar uma margem confortável.
Lula se reuniu com o senador Weverton Rocha (PDT-MA) nesta segunda-feira, 1º de dezembro. O parlamentar atua como relator na CCJ da indicação de Messias ao STF.
Ainda nesta semana, o petista pretende se encontrar com Alcolumbre para avaliar o ambiente político no Senado e negociar um acordo que acelere a tramitação da indicação. A tensão entre o Executivo e o Legislativo cresceu nas últimas semanas, e o Planalto busca evitar novas crises antes do recesso.









