Um relatório recente detalha como o Irã e o grupo libanês Hezbollah abandonaram o ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, apenas dias antes de sua derrubada, fugindo do país em uma retirada apressada enquanto rebeldes liderados por islamistas avançavam sobre Damasco no último dezembro.
Por anos, o governo do Irã foi o principal aliado de Assad, enviando membros da Guarda Revolucionária e assessores militares, enquanto o Hezbollah e combatentes do Iraque e do Afeganistão ocupavam posições chave no território sírio. No entanto, com o avanço das forças rebeldes, o apoio iraniano desmoronou de uma hora para outra, conforme o documento expõe.
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Oficiais sírios relataram o anúncio surpreendente. Em 05 de dezembro, no distrito de Mazzeh, em Damasco, o comandante iraniano Hajj Abu Ibrahim informou cerca de 20 funcionários sírios: “A partir de hoje, não haverá mais Guardas Revolucionários Iranianos na Síria. Estamos partindo.”
“Está tudo acabado. A partir de hoje, não somos mais responsáveis por vocês.”
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Foram dadas ordens para destruir documentos sensíveis e remover discos rígidos. Os soldados receberam o salário de um mês antes de serem dispensados. Dois dias depois, Assad fugiu para a Rússia, e Damasco caiu sem resistência.
De acordo com o Israel National News, o corpo diplomático do Irã também fugiu. Na noite de 05 de dezembro, o consulado em Damasco já estava deserto, com diplomatas cruzando para o Líbano. Funcionários sírios relataram engarrafamentos massivos na travessia de fronteira de Jdeidet Yabus, com esperas de até oito horas. A equipe foi orientada a ficar em casa e recebeu o pagamento de três meses de salário. Em 06 de dezembro, a embaixada do Irã, o consulado e os postos de segurança estavam vazios.
As forças iranianas estavam entrincheiradas nos subúrbios de Damasco, ao redor do santuário de Sayyida Zeinab, perto do aeroporto e ao longo das fronteiras com o Líbano e o Iraque. Aleppo servia como outra base de operações. Mas, quando Aleppo caiu, o coronel Mohammad Dibo, agora servindo no novo exército da Síria, afirmou diretamente: “O Irã parou de lutar.”
A retirada foi caótica. Um ex-oficial sírio relatou que o comandante iraniano sênior Hajj Jawad e outros foram evacuados para a base russa de Hmeimim antes de voarem para Teerã. Dibo acrescentou que cerca de 4.000 funcionários iranianos foram evacuados pela mesma base, enquanto outros fugiram via Iraque ou Líbano. Na pressa, oficiais iranianos deixaram para trás passaportes e documentos de identidade.









