Pela segunda noite consecutiva, uma embarcação da Global Sumud Flotilla (GSF), iniciativa internacional que tenta romper o bloqueio naval de Israel sobre Gaza, foi atingida em um suposto ataque de drone na madrugada desta quarta-feira. Não houve feridos.
A GSF publicou nas redes sociais: “Outro barco foi atingido.” A coordenadora da flotilha, Melanie Schweizer, afirmou à AFP: “Segunda noite, segundo ataque de drone.”
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De acordo com informações de Israel National News, este é o segundo incidente consecutivo em que os organizadores da flotilha alegam que um drone atingiu uma de suas embarcações.
Na manhã de terça-feira, a GSF compartilhou imagens de segurança que capturaram um som de zumbido seguido por um clarão de luz. Outro vídeo mostrava os membros da tripulação reagindo a uma explosão.
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No entanto, as autoridades tunisianas rejeitaram a alegação, afirmando que nenhum drone foi detectado e sugerindo que o fogo teria se originado de coletes salva-vidas, possivelmente causado por um cigarro.
O porta-voz da GSF, Saif Abukeshek, culpou diretamente Israel: “Não há outra autoridade que faria tal ataque, tal crime, exceto as autoridades israelenses”, disse ele em um vídeo postado no Instagram.
As 20 embarcações que compõem a flotilha zarparam de Barcelona na última segunda-feira e chegaram à Tunísia no domingo, onde foram recebidas por equipes locais e carregadas com suprimentos adicionais antes de continuar rumo a Gaza.
A flotilha deveria ter partido de Tunis no domingo, mas os organizadores anunciaram no sábado que a partida foi adiada para quarta-feira, citando “razões técnicas e logísticas fora do controle da gestão” para o atraso.
Entre os ativistas a bordo da flotilha estão a ativista climática sueca Greta Thunberg e a ex-prefeita de Barcelona, Ada Colau, que rompeu os laços de sua cidade com Israel durante seu mandato. A flotilha também recebeu apoio de figuras de Hollywood, como Susan Sarandon e Liam Cunningham, conhecido por seu papel em “Game of Thrones” da HBO.
Thunberg foi previamente deportada por Israel em junho, após participar de outra flotilha, a Madleen, que foi interceptada pela IDF.
Os ativistas receberam comida e água, apesar de muitos deles terem preparado vídeos pré-gravados alegando que foram “sequestrados” pela IDF.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que a ajuda a Gaza a bordo da Madleen incluía menos de uma carga de caminhão de ajuda, e que seria transferida para Gaza através de canais humanitários reais.
