Sob ordens do Chefe do Estado-Maior, as Forças de Defesa de Israel (IDF) iniciaram a coleta de veículos fabricados na China que foram distribuídos a oficiais, devido a preocupações reais sobre possíveis vazamentos de informações sensíveis ou vigilância por meio de sistemas internos dos carros. A IDF estima que cerca de 700 veículos estejam envolvidos, a maioria modelos Chery Tiggo 8, entregues a oficiais com famílias numerosas por causa da capacidade de sete assentos.
A IDF e o establishment de segurança de Israel identificaram uma tendência preocupante: o aumento da entrada de veículos chineses inteligentes no mercado israelense, especialmente perto de zonas militares sensíveis. Como resultado, restrições sem precedentes foram implementadas recentemente, incluindo uma proibição total da entrada desses veículos em bases militares.
O cerne da preocupação reside na natureza dos veículos chineses modernos: carros inteligentes e elétricos equipados com câmeras, microfones, GPS, vários sensores e conectividade à internet. Embora esses recursos melhorem a experiência de direção, do ponto de vista da defesa, eles representam um potencial alarmante para coleta de informações, rastreamento de movimentos sensíveis e até transmissão de dados para fora de Israel.
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De acordo com o Israel National News, o Chery Tiggo 8 foi especificamente proibido de entrar em bases militares. Além disso, a distribuição de veículos chineses a oficiais da IDF foi interrompida até uma revisão completa dos riscos associados.
Isso não é apenas um problema de Israel – outras nações ocidentais já alertaram sobre a necessidade de restringir o uso de veículos ou tecnologias chinesas em contextos sensíveis à segurança. No passado, a IDF instruiu proprietários de carros fabricados na China a estacioná-los fora de zonas sensíveis dentro das instalações militares.
Embora a IDF ainda não tenha detalhado seu plano completo de aplicação, fontes de defesa confirmaram que medidas adicionais estão em consideração. Elas podem incluir a marcação de veículos chineses, a exigência de que sejam estacionados fora dos perímetros das bases e a obrigação de soldados e pessoal relatarem a posse de veículos fabricados na China.
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Além das preocupações de segurança, a questão dos veículos chineses levanta questões econômicas significativas. Esses carros, particularmente os modelos elétricos, ganharam tração considerável em Israel devido ao preço acessível e ao alcance de direção. Restringir seu uso em ambientes militares pode criar uma divisão entre veículos permitidos para uso público geral e aqueles barrados em zonas de segurança.
De qualquer forma, lidar com a tecnologia chinesa está se tornando um desafio estratégico em Israel – até mesmo nas estradas.









