Fox News / Reprodução

A França interrompeu todas as evacuações de pessoas de Gaza que fugiam do enclave devastado pela guerra devido à crescente indignação com uma estudante palestina que supostamente republicou conteúdo antissemita em suas redes sociais. O Ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou à rádio France Info que a mulher “deve deixar o país” e que “não tem lugar” na França.

Nenhuma evacuação de qualquer tipo ocorrerá até que tenhamos tirado as conclusões necessárias dessa investigação”, declarou Barrot na entrevista. Ele também prometeu que haveria uma investigação sobre como a estudante palestina conseguiu obter um visto de estudante.

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De acordo com o Fox News, o Ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, também expressou indignação com o incidente, escrevendo no X: “Propagandistas do Hamas não têm lugar em nosso país”.

A estudante, agora expulsa da Sciences Po Lille e não identificada pelo governo francês, é acusada de compartilhar um post com uma imagem de Adolf Hitler que pedia o assassinato de judeus. Segundo uma captura de tela compartilhada pelo Jerusalem Post, a legenda da imagem de Hitler, quando traduzida do árabe para o inglês pelo Grok, dizia: “Matem os judeus em todos os lugares. Não quero uma linhagem judaica na terra. Vocês devem matá-los antes que eles matem vocês”.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, que recentemente anunciou planos para reconhecer o Estado da Palestina em setembro na Assembleia Geral da ONU, ainda não comentou sobre o caso da estudante.

Em um thread no X, a Sciences Po Lille afirmou que sua administração tomou conhecimento dos posts da estudante devido a um relatório da Radio Monte-Carlo (RMC). A escola condenou os posts, dizendo que o conteúdo está em “contradição direta com os valores defendidos pela Sciences Po Lille”. A instituição acrescentou que rejeita o antissemitismo, a discriminação e a incitação ao ódio.

O Ministro da Educação Superior da França, Philippe Baptiste, escreveu: “A França não tem obrigação de hospedar estudantes internacionais que glorificam o terrorismo, crimes contra a humanidade ou o antissemitismo. Sejam eles de Gaza ou de qualquer outro lugar, estudantes internacionais que expressam ou retransmitem tais visões não têm lugar em nosso país, nem em nosso solo”.

Baptiste também prometeu que o governo francês “fará tudo o que for necessário para garantir que o caso da estudante palestina admitida na Sciences Po Lille, que compartilhou comentários extremamente graves nas redes sociais, seja tratado com a maior firmeza”.

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