Na terça-feira, 6 de maio de 2025, Friedrich Merz, líder do partido conservador União Democrata-Cristã (CDU), foi eleito chanceler da Alemanha em uma votação de segundo turno no Parlamento. A eleição ocorreu após uma derrota inédita no primeiro turno, quando a coalizão formada pelo CDU e os sociais-democratas do SPD não conseguiu apoio suficiente, com 18 deputados do SPD votando contra Merz. O episódio, considerado um constrangimento para o político, marcou a primeira rejeição inicial de um candidato a chanceler na Alemanha pós-guerra.
A legislação alemã permitiu ao CDU solicitar uma segunda votação, na qual Merz foi confirmado como chefe de governo, em um sistema parlamentarista que delega ao Parlamento a escolha do chanceler. A vitória veio após as eleições gerais de fevereiro, nas quais a aliança CDU-SPD saiu vitoriosa.
Merz prometeu impulsionar a economia alemã em meio a um cenário de instabilidade global, com medidas como redução de impostos corporativos e dos preços de energia. O acordo de coalizão também inclui aumento dos investimentos em defesa, apoio contínuo à Ucrânia e um plano de gastos de 500 bilhões de euros em dez anos para modernizar a infraestrutura do país. Contudo, a flexibilização de um teto de gastos, aprovada ainda no Parlamento anterior, gerou descontentamento entre eleitores conservadores, que criticam o abandono de décadas de rigor fiscal, conforme a Revista Oeste.