Na noite de segunda-feira, 16 de junho de 2025, os líderes do G7 — composto por Canadá, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Itália, França e Reino Unido — emitiram uma declaração conjunta durante cúpula no Canadá, reafirmando o direito de Israel de se defender e apontando o Irã como principal fonte de “instabilidade e terrorismo” no Oriente Médio. A nota foi publicada após discussões sobre a escalada do conflito entre os dois países, intensificada na sexta-feira, 13 de junho, com ataques israelenses a instalações nucleares iranianas.
A ofensiva de Israel foi desencadeada após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que o Irã violou o acordo de não proliferação nuclear. “O Irã nunca poderá possuir uma arma nuclear”, enfatizaram os líderes do G7, reiterando a condenação às ações do regime iraniano. A declaração, assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump — que deixou a cúpula antes de sua conclusão —, também expressou apoio à segurança de Israel, mas destacou a importância de proteger civis e buscar a paz no Oriente Médio.
De acordo com a Revista Oeste, o comunicado abordou a necessidade de um cessar-fogo em Gaza e de reduzir as hostilidades na região. “Exortamos que a resolução da crise com o Irã contribua para uma diminuição mais ampla dos conflitos, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, diz o texto. Além disso, o G7 comprometeu-se a monitorar os impactos do conflito nos mercados globais de energia, prometendo ações coordenadas com parceiros para garantir a estabilidade do setor.
Trump, por meio de sua rede Truth Social, negou rumores levantados pelo presidente francês, Emmanuel Macron, de que teria deixado a cúpula para negociar um cessar-fogo. Na mesma segunda-feira, o líder americano pediu que os moradores de Teerã abandonassem a capital iraniana imediatamente, devido à crescente tensão militar, conforme reportado pela imprensa dos EUA.
Declaração completa do G7 sobre o conflito entre Israel e Irã (16 de junho de 2025):
“Nós, líderes do G7, reafirmamos nosso compromisso com a paz e a estabilidade no Oriente Médio. Nesse contexto, declaramos que Israel tem o direito de se defender e reiteramos nosso apoio à sua segurança. Enfatizamos a importância de proteger civis. O Irã é a principal fonte de instabilidade e terrorismo na região. Sempre deixamos claro que o Irã nunca poderá ter uma arma nuclear. Exortamos que a resolução da crise com o Irã resulte em uma redução mais ampla das hostilidades no Oriente Médio, incluindo um cessar-fogo em Gaza. Continuaremos vigilantes quanto ao impacto dessa situação nos mercados internacionais de energia, prontos para esforços conjuntos com parceiros alinhados, a fim de preservar a estabilidade do mercado.”