O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de seu gabinete de segurança para esta quinta-feira, 7 de agosto de 2025, com o objetivo de discutir a expansão da guerra contra o Hamas, incluindo a possibilidade de uma ocupação militar total da Faixa de Gaza. A reunião ocorre em um contexto marcado pelo 20º aniversário da retirada unilateral de Israel da região, que foi completada em agosto de 2005.
De acordo com o Fox News, a discussão sobre o reassentamento de comunidades judaicas em Gaza, que antes era restrita aos extremos políticos, ganhou espaço no discurso mainstream, especialmente após o massacre perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. O ministro de Israel para o Desenvolvimento da Periferia, do Negev e da Galileia, Yitzhak Wasserlauf, afirmou que a reconstrução de comunidades judaicas em Gaza seria “uma correção histórica para uma injustiça nacional”.
Wasserlauf argumentou que a expulsão de judeus de suas casas em seu próprio país foi um erro estratégico e moral que levou ao surgimento do regime terrorista islamista Hamas. Ele destacou que esse erro permitiu que o Hamas lançasse foguetes incessantemente e, eventualmente, realizasse o massacre de 7 de outubro de 2023, que incluiu assassinatos, estupros, abusos, saques e o sequestro de soldados e civis.
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O ministro mencionou o bloco de 17 comunidades israelenses, conhecido coletivamente como Gush Katif, que foi estabelecido em Gaza após a Guerra dos Seis Dias de 1967. Em agosto de 2005, como parte da retirada unilateral de Israel, o governo removeu à força cerca de 8.600 residentes judeus da área.
Wasserlauf defendeu que a reaplicação da soberania israelense sobre Gaza enviaria uma mensagem clara: “quem nos ataca perde o chão sob seus pés. Só assim podemos alcançar uma verdadeira dissuasão”. Ele enfatizou a necessidade de “criar fatos no terreno” e afirmou que não devem haver acordos com terroristas, sugerindo que o reassentamento em Gaza deve ser, no mínimo, o preço para lembrar a todos que o terrorismo não compensa.
Entre 1948 e 1967, a Faixa de Gaza esteve sob ocupação egípcia. Após Israel capturar o território na Guerra dos Seis Dias de 1967, a região permaneceu sob controle total de Israel até 1994, quando a responsabilidade administrativa foi transferida para a Autoridade Palestina, nos termos dos Acordos de Oslo, preparando o caminho para o retorno de Yasser Arafat do exílio em Tunis.
Em 2005, Israel evacuou todas as forças militares e comunidades civis de Gaza. Pouco tempo depois, o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas e, em seguida, realizou um golpe violento para derrubar a Autoridade Palestina e assumir o controle da Faixa.
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Wasserlauf argumentou que os críticos da retirada de 2005 alertaram há muito tempo que qualquer concessão de terra só fortaleceria os terroristas. Esses alertas, segundo ele, foram ignorados, mas provaram-se corretos pelos eventos subsequentes.