Tal Gal/Flash 90 / Israel National News / Reprodução

O ex-ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, emitiu um alerta firme à comunidade internacional por meio de um artigo de opinião publicado no jornal The New York Times, afirmando que o crescente apoio ocidental ao reconhecimento unilateral de um estado palestino não representa uma repreensão ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mas sim uma rejeição ao consenso bipartidário de segurança em Israel.

Gantz destacou que a oposição ao reconhecimento de um estado palestino está no cerne desse consenso, enfatizando que qualquer autonomia futura deve ser precedida por uma governança responsável, reformas abrangentes de desradicalização e uma repressão bem-sucedida contra elementos terroristas que visam israelenses.

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Como ex-membro do gabinete de guerra de Israel, Gantz ressaltou que o massacre perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro marcou uma ruptura estratégica e que a resposta de Israel foi motivada por necessidade, não por política. Ele revelou que, apesar da hesitação de Netanyahu, pressionou por uma operação terrestre imediata em Gaza e também defendeu uma resposta mais forte ao ataque do Irã em abril de 2024.

De acordo com o Israel National News, Gantz criticou líderes ocidentais por não compreenderem as necessidades de segurança de Israel, citando uma conversa com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez: “Não há simetria entre defender o próprio país contra células terroristas esporadicamente ativas na Europa e um pseudoestado terrorista… apoiado por um país como o Irã”.

Gantz defendeu a presença militar israelense de longo prazo em Gaza e o controle formal sobre o Vale do Jordão para prevenir ataques futuros. “Essas não são posições políticas. São, na minha visão, requisitos de segurança para evitar o próximo 7 de outubro”, escreveu ele.

Ele concluiu exortando o mundo a respeitar o consenso democrático de Israel, referindo-se à declaração do Knesset em 2024 que se opõe ao reconhecimento unilateral de um estado palestino: “Tal ação após o 7 de outubro seria uma recompensa inédita ao terror e impediria qualquer arranjo de paz futuro”.

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