Lula Marques/ Agência Brasil

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou que selecionou sua equipe com base em “competência” e negou qualquer politização do órgão. Durante a oitiva, na qual respondeu apenas às perguntas de seu advogado, como é seu direito enquanto réu, Heleno rejeitou a acusação de que o GSI teria servido a pregações políticas, declarando que “não havia clima” para isso.

O general refutou a alegação de que liderou o gabinete de transição com o objetivo de planejar um golpe de Estado, supostamente ligado ao “plano nacional verde e amarelo” após as eleições de 2022, segundo a Revista Oeste. Ele também negou categoricamente qualquer participação na elaboração de estratégias para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado sobre possível conexão com os atos de 8 de janeiro de 2023, Heleno foi enfático: “Nenhuma.”

Heleno abordou ainda o contexto político após a filiação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL), enfatizando que não esteve envolvido em articulações golpistas. Ele contestou a interpretação de que sua menor frequência no gabinete presidencial representasse um “afastamento”, esclarecendo: “Isso está sendo deturpado. Passei a ir menos ao gabinete porque Bolsonaro, após se filiar ao PL, estava sempre rodeado por muitas pessoas.” O general reforçou que o acesso ao gabinete presidencial permaneceu “franqueado” a ele.

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