Oren Ben Hakoon/Flash90 / Israel National News / Reprodução

O general de reserva Eliezer (Cheyney) Marom, ex-comandante da Marinha de Israel, avaliou em uma entrevista no domingo pela manhã à Rádio 103FM que o acordo emergente entre Israel e o Hamas resulta de forte pressão internacional, destacando o papel central da Turquia nas negociações.

Marom afirmou que tanto o Hamas quanto Israel buscam uma narrativa de vitória. Ele explicou que o Hamas precisará justificar aos seus membros e apoiadores por que aceitou o acordo, caso o faça. O grupo conta com amplo apoio: se eleições fossem realizadas hoje em Judeia e Samaria, cerca de 70% votariam nele, e mesmo em Gaza, ainda possui muitos simpatizantes.

Ele apontou dois vetores principais impulsionando o acordo: o primeiro é os Estados Unidos, que exercem forte influência sobre Israel e seus parceiros árabes. O segundo é o vetor islâmico árabe, que se estende da Indonésia à Turquia.

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De acordo com o Israel National News, Marom destacou a Turquia como ator chave nas negociações, sendo um dos principais países para a Irmandade Muçulmana. Ele acredita que há boa chance de o Hamas aceitar, pois a Turquia tem interesses significativos nos EUA e deseja avançá-los.

Marom acrescentou que a pressão sobre o Hamas está crescendo: ao somar tudo, será difícil para o grupo dizer não à coalizão de países que afirmam apoiar, mas também priorizam seus próprios interesses.

Sobre a posição diplomática de Israel no mundo, Marom observou que, ao longo dos dois anos de guerra, o país se manobrou para uma situação de fraqueza internacional. Atualmente, Israel depende apenas de um apoio principal, o dos Estados Unidos.

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Ele notou que essa dependência fortalece a capacidade do presidente dos EUA de influenciar Israel: essa é a força de Trump, que lhe dá alavancagem para impor o acordo. Trump diz a Israel que, se não aceitar agora, pode retirar o apoio. Cinco minutos depois, os países do E3 apresentarão uma proposta ao Conselho de Segurança da ONU, e sem o veto dos EUA, Israel enfrentará problemas graves.

Hoje, em 05 de outubro de 2025, essa análise reflete os desdobramentos recentes das negociações, com eventos discutidos ocorrendo em contexto de pressões contínuas desde o início da guerra.

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