Israel National News / Reprodução

Em entrevista ao Israel National News em 2025, o Coronel Richard Kemp, ex-comandante das forças militares britânicas no Afeganistão, destacou o impacto da criação da Fundação Humanitária de Gaza (GHF) na guerra em Gaza. “O estabelecimento da Fundação Humanitária de Gaza é um ponto de virada na guerra”, afirmou o Coronel Kemp. Ele acredita que essa iniciativa é um passo crucial para eliminar o controle do Hamas em Gaza. Segundo ele, o Hamas mantinha o controle da população através do domínio sobre o fornecimento de ajuda, facilitado pela UNRWA e outras agências humanitárias que não conseguiam impedir que os suprimentos fossem confiscados pelo grupo terrorista. Além disso, a ajuda também era uma fonte vital de renda para o Hamas, que perdeu quase todas as outras fontes de financiamento para recrutar e pagar seus terroristas. O Hamas pegava a ajuda fornecida gratuitamente e a vendia à população civil com um alto ágio.

De acordo com o Israel National News, a GHF já entregou um impressionante total de 19 milhões de refeições, incluindo quase 2,6 milhões apenas hoje, 12 de junho de 2025. Alguns residentes de Gaza comentaram que essa é a primeira ajuda gratuita que recebem desde o início da guerra. O Coronel Kemp ressaltou que a GHF representa um projeto “único e inovador”, especificamente adaptado para lidar com os desafios sem precedentes enfrentados em Gaza.

Na noite passada, terroristas do Hamas atacaram um ônibus que transportava trabalhadores da GHF, matando oito gazenses que participavam dos esforços humanitários da organização. O Coronel Kemp acredita que o Hamas decidiu atacar os trabalhadores humanitários porque a ajuda eficaz enfraquece seu domínio sobre Gaza. “A eficácia da GHF já é demonstrada pelas ameaças e ataques do Hamas contra civis que buscam utilizar o sistema. Recentemente, vimos o Hamas assassinar oito civis locais que trabalhavam para a GHF, além de ferir e sequestrar outros. O assassinato de civis de Gaza pelo Hamas não é novidade, mas isso é um sinal de desespero. Eles sabem o quanto o sistema da GHF enfraquece seu controle sobre Gaza. Nos últimas semanas, vimos algumas revoltas limitadas contra o Hamas e provavelmente haverá mais, à medida que a população percebe que os terroristas não têm mais esse controle sobre eles.”

A GHF enfrentou críticas das Nações Unidas, de outras ONGs e de vários países devido aos seus esforços para fornecer ajuda diretamente aos gazenses, enquanto impede que o Hamas obtenha acesso a essa ajuda. O Coronel Kemp não se impressiona com essas críticas. “As Nações Unidas e as ONGs falharam em fornecer ajuda à população civil sem que ela fosse desviada pelo Hamas. Agora, temem que a GHF demonstre a eles — os ‘profissionais’ — como isso deve ser feito. As declarações espúrias da ONU sobre a GHF violar princípios humanitários são preocupações muito secundárias em comparação com o objetivo de alimentar as pessoas e destruir o Hamas. Israel não é legalmente obrigado a permitir que suprimentos entrem em uma zona de guerra se eles forem desviados para uso inimigo. Com a GHF, eles encontraram um meio eficaz e realmente impressionante de alcançar seus objetivos de forma legal.”

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Os esforços de Israel para acabar com o domínio do Hamas em Gaza não se limitaram ao novo mecanismo de ajuda humanitária na Faixa. Em semanas recentes, surgiram relatos de que Israel tem fornecido fundos e suprimentos a milícias locais em Gaza que se opõem ao Hamas, uma medida controversa e criticada por supostamente elevar outros grupos extremistas que poderiam representar uma ameaça a Israel no futuro. O Coronel Kemp argumentou que, embora esse risco não possa ser descartado, é um risco calculado, dado os potenciais benefícios. “Os israelenses têm procurado maneiras de capacitar os clãs gazenses a resistir ao Hamas. Isso tem se mostrado muito difícil, mas agora está se tornando possível, à medida que o Hamas é cada vez mais enfraquecido militarmente e perde o controle sobre a ajuda. Claro, armar milícias locais não é sem riscos e, a longo prazo, pode ter consequências negativas. Mas Israel está ciente desses riscos, e essa ação pode se provar um meio eficaz de contribuir para a eventual queda do Hamas”, concluiu o Coronel.

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