Em julho de 2025, a arrecadação federal do Brasil atingiu a marca histórica de R$ 254,2 bilhões, superando todos os registros desde 1995. Esse valor representa um aumento real de 4,6% em comparação com os R$ 243,1 bilhões arrecadados no mesmo mês de 2024. A Receita Federal do Brasil divulgou esses dados na quinta-feira, 22 de agosto de 2025.
De acordo com informações de Revista Oeste, o principal fator por trás desse crescimento foi o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), implementado pelo governo Lula em maio de 2025. Embora o Congresso Nacional tenha suspendido essa elevação em junho, ela foi reintegrada em julho, após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
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A Receita Federal atribuiu a alta arrecadação às operações de saída de moeda estrangeira, crédito para empresas e negociações de títulos ou valores mobiliários, todas afetadas por recentes mudanças legislativas. Segundo o órgão, “a arrecadação do período pode ser explicada principalmente pelas operações relacionadas à saída de moeda estrangeira, crédito destinado a pessoas jurídicas e transações com títulos ou valores mobiliários, em grande parte devido a alterações legislativas recentes.”
Além disso, a tributação sobre apostas on-line, conhecidas como bets, contribuiu com R$ 928 milhões para os cofres públicos em julho. No acumulado de janeiro a julho de 2025, a arrecadação federal totalizou R$ 1,68 trilhão, valor ainda não ajustado pela inflação.
Esses resultados são cruciais para o governo, que busca atingir a meta fiscal de 2025 sem reduzir despesas, que têm aumentado significativamente durante o governo petista. A meta fiscal estipula um equilíbrio entre receitas e despesas, com uma tolerância que vai de um déficit de R$ 31 bilhões a um superávit de R$ 31 bilhões, o que representa 0,25% do PIB. Estimativas do governo, divulgadas no final de julho de 2025, apontam para um déficit de R$ 26,3 bilhões, R$ 4,6 bilhões abaixo do limite mínimo estabelecido na meta fiscal.