O governo do Reino Unido exigiu que as universidades adotem medidas firmes para proteger estudantes judeus, após um ataque terrorista fatal fora de uma sinagoga no norte da Inglaterra, em meio a preocupações crescentes com o antissemitismo nos campi tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos.
Em 02 de outubro, um homem britânico de descendência síria avançou com seu carro contra pedestres e esfaqueou várias pessoas do lado de fora da Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, em Manchester, durante o Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico. Dois homens foram mortos no atentado.
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A ministra da Educação do Reino Unido, Bridget Phillipson, divulgou uma declaração enfática no sábado, afirmando: “Uma instância de abuso antissemita já é demais. Por isso, sou clara: a responsabilidade cabe às universidades para eliminar o ódio de seus campi – e elas têm meu total apoio para usar seus poderes nesse sentido”.
Phillipson também enviou uma carta aos vice-chanceleres das universidades, pedindo “passos práticos e proporcionais” para garantir que os campi permaneçam espaços seguros. Ela destacou a necessidade de preparar os jovens para identificar e contestar desinformação online e instou as instituições a utilizarem todas as ferramentas disponíveis para combater o ódio e a divisão.
De acordo com o Israel National News, novas regulamentações introduzidas em agosto obrigam as universidades a implementar políticas claras e mecanismos de denúncia para lidar com assédio de todos os tipos.
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O Community Security Trust, que oferece proteção a organizações judaicas em todo o Reino Unido, registrou mais de 3.500 incidentes antissemitas no ano passado – o segundo maior total na história moderna do país. Dados divulgados na quinta-feira pelo ministério do interior revelaram que os judeus enfrentaram a taxa mais alta de crimes de ódio religioso na Inglaterra e no País de Gales no ano encerrado em março.