Em 15 de maio de 2025, o governo da Alemanha anunciou a proibição de um grupo de extrema-direita conhecido como “Reino da Alemanha”, que alegava que o Reich alemão ainda existia. Quatro líderes do grupo foram presos, incluindo Peter Fitzek, de 59 anos, que se autoproclamava “rei” da Alemanha.
Segundo o Israel National News, o “Reino da Alemanha” é o maior grupo organizador do movimento Reichsbürger, ou “cidadãos do Reich”, que acredita que as fronteiras da Alemanha de 1937, durante a era nazista, ainda estão em vigor. Membros desse movimento frequentemente negam que o Holocausto tenha ocorrido. A Alemanha perdeu território após a derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Em uma operação envolvendo 800 policiais em sete estados alemães, Peter Fitzek e três de seus principais “súditos” foram presos. Os adeptos do grupo, que reivindicam milhares de membros, não reconhecem o estado alemão e estabeleceram “estruturas e instituições semelhantes a um pseudo-estado”, além de sua própria moeda, conforme relatado por promotores.
Alexander Dobrindt, ministro do Interior da Alemanha, afirmou em um comunicado que o grupo fundamenta sua suposta reivindicação de poder em narrativas conspiratórias antissemitas.
Em 2020, centenas de pessoas associadas ao movimento Reichsbürger tentaram invadir o prédio do parlamento alemão em Berlim, mas foram removidas pela polícia. Em 2022, dezenas de pessoas suspeitas de planejar um golpe de estado foram presas.
A proibição do grupo extremista ocorre logo após a classificação formal pelo governo alemão do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) como extremista, no início deste mês. Membros do partido têm um histórico de minimizar o Holocausto, e a classificação recebeu elogios de um grande grupo judaico alemão.