Sede da Fercomercio-SP / Jovem Pan / Reprodução

Em resposta ao aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) elogiou as medidas emergenciais anunciadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de agosto de 2025. Essas ações visam atenuar os prejuízos imediatos enfrentados pelo setor produtivo nacional.

Entre as iniciativas, destacam-se a disponibilização de linhas de crédito para as empresas mais impactadas, a prorrogação do pagamento de tributos, incentivos através de compras governamentais e suporte jurídico em tribunais americanos.

Conforme relatado por Revista Oeste, a Fecomercio-SP acredita que essas medidas beneficiarão especialmente a indústria, que, sem acesso ao mercado dos EUA, enfrenta desafios para realocar seus produtos rapidamente para outros destinos.

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A entidade alertou que a impossibilidade de escoar esses produtos imediatamente pode colocar em risco empresas e até regiões inteiras do Brasil. Segundo a Fecomercio-SP, sem um socorro rápido, muitos negócios podem ser forçados a fechar as portas.

Embora reconheça a importância dessas ações, a Fecomercio-SP enfatiza que o governo deve priorizar o diálogo e evitar conflitos diplomáticos com os Estados Unidos. A entidade acredita que a negociação responsável e moderada é essencial para reverter as medidas, que considera sem fundamento econômico.

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Em 13 de agosto de 2025, foi lançado o plano de contingência contra o aumento tarifário, denominado Plano Brasil Soberano. A medida provisória com as ações foi assinada pelo presidente Lula. Segundo o governo, o pacote foi elaborado após reuniões internas e com representantes do setor produtivo.

O plano inclui apoio às empresas mais afetadas pela taxação, com um crédito de R$ 30 bilhões, compras governamentais de produtos não exportados e exigência de conteúdo nacional em mercadorias fabricadas no país.

De acordo com o Ministério da Fazenda, cerca de 45% das empresas que exportam para os EUA devem ser beneficiadas. Setores como celulose, aviação e suco de laranja foram isentos do aumento. Já áreas como carne e café receberam uma taxa adicional de 40% sobre a alíquota de 10% já existente, totalizando 50%, em vigor desde 6 de agosto de 2025.

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