O grupo terrorista Hamas continua afirmando que enfrenta dificuldades para localizar os corpos de reféns falecidos, apesar das avaliações da inteligência israelense indicarem que o grupo sabe a localização de quase todos eles.
Khalil al-Hayya, um líder sênior do Hamas, declarou na noite de domingo à rede Al Jazeera que o grupo havia enviado mensagens aos mediadores há meses sobre os obstáculos para encontrar os corpos.
“Informamos aos mediadores há meses que há problemas na busca porque Israel alterou a paisagem na Faixa de Gaza, inclusive em áreas onde os mortos foram enterrados. Em alguns casos, não se sabe mais onde eles foram sepultados. Há compreensão americana sobre isso, e deixamos claro”, disse ele à emissora.
Ele também afirmou que esforços intensos estão em andamento no local para localizar os corpos, declarando: “Na última semana e na anterior, após a libertação dos reféns vivos, tem havido um trabalho intensivo e incomum. Israel está monitorando esses esforços”.
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De acordo com o Israel National News, al-Hayya acusou Israel de tentar recuar do acordo de cessar-fogo e de usar a questão dos falecidos como “pretexto”.
“O problema hoje não é real, mas uma desculpa da parte de Israel”, alegou ele. “Nossos irmãos estão trabalhando a céu aberto, cavando com equipamentos obsoletos e muito fracos, e continuam escavando mais de 20 metros subterrâneos. Até o presidente dos EUA, Donald Trump, entende isso e está pedindo mais tempo”.
Um oficial sênior israelense afirmou na semana passada que é o Hamas quem tenta enganar Israel, os mediadores e os Estados Unidos. Segundo o oficial, a avaliação é de que o Hamas poderia recuperar pelo menos mais oito corpos, mas está tentando manipular Israel. Nos últimos dias, o grupo terrorista enviou mensagens de que retornaria mais corpos, mas não cumpriu.









