- / Israel National News / Reprodução

Em um discurso em Baalbek na última sexta-feira, o Secretário-Geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o movimento não entregará suas armas enquanto a ocupação e a agressão persistirem. Ele prometeu lutar uma “batalha ao estilo Karbala” contra o que descreveu como o projeto americano-israelense, expressando confiança na vitória e atribuindo plena responsabilidade ao governo libanês por qualquer conflito que possa surgir.

Qassem acusou o governo de abandonar seu dever de defender o Líbano, declarando que o país só pode ser construído com a participação de todos os seus componentes. Ele enfatizou que, se o governo não estiver do lado do povo, o Líbano não terá futuro.

Segundo o Israel National News, Qassem criticou duramente a decisão de desarmar o grupo, afirmando que isso “despoja o Líbano, a resistência e seu povo das armas defensivas durante a agressão”, facilitando o assassinato e o deslocamento de combatentes e civis. Ele acusou a medida de implementar “uma decisão americana e servir ao projeto israelense”, e questionou se o governo se sentia satisfeito com os elogios de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel.

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Qassem rejeitou as alegações do governo de pressão externa, comparando a decisão a matar os próprios filhos por dinheiro. Ele incentivou o governo a não ter medo e a não viver sob intimidação, argumentando que, se não pode enfrentar Israel, deve “dar um passo ao lado” e permitir que o Hezbollah faça isso.

Ele alertou contra o envolvimento do exército em conflitos internos, elogiando a liderança militar por evitar tal envolvimento. Qassem mencionou que o Hezbollah e o Amal adiaram protestos para permitir o diálogo, mas, se a confrontação for forçada, “estamos prontos. Então, os protestos podem seguir para as ruas, para a embaixada americana ou outros locais”.

Qassem afirmou que a legitimidade do Hezbollah vem do Acordo de Taif, da constituição e dos sacrifícios de seus combatentes, e não do governo. Ele destacou que a resistência alcançou vitórias importantes, incluindo o fim da ocupação israelense em 2000 e a derrota do ISIS no leste do Líbano em 2017, com o apoio do exército.

Ele descreveu a guerra de julho de 2006 como “uma grande vitória” para o exército, o povo e a resistência, afirmando que estabeleceu 17 anos de dissuasão contra Israel. Qassem creditou a liderança do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, durante a guerra e agradeceu ao Irã pelo apoio financeiro, militar e político, destacando o falecido Qassem Soleimani.

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Qassem vinculou a luta do Hezbollah à causa dos palestinos, prometendo: “A Palestina continuará sendo a bússola. Tudo o que Israel faz, e tudo o que a América apoia, não dissuadirá o povo palestino da resistência”.

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