Daily Wire / Reprodução

A história viral que alegava que um menino de Gaza foi “abatido” pelo exército de Israel dentro de um local da Fundação Humanitária de Gaza, apoiada pelos EUA, é falsa. De acordo com informações do Daily Wire, “Amir” está vivo e em um local seguro e não revelado após uma narrativa falsa sobre sua morte ter sido divulgada por um contratado americano.

A notícia de que o menino está vivo e ileso desmente a alegação feita pelo ex-contratado da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), Tony Aguilar, que ganhou atenção de políticos, grandes veículos de mídia e programas de podcast proeminentes, como o Tucker Carlson Show.

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Em imagens gravadas nas últimas semanas, Abdul Rahim Muhammad Hamden, que foi erroneamente chamado de “Amir” por Aguilar, o mesmo menino que Aguilar disse ao mundo ter sido baleado até a morte, aparece sorrindo e se apresentando a um entrevistador.

Aguilar causou um incêndio na internet com sua alegação de que conheceu o menino enquanto trabalhava em um local de ajuda da GHF em 28 de maio, apenas para vê-lo morto pouco depois pelas Forças de Defesa de Israel. Sua história e vídeo do menino que ele chamou de “Amir” se aproximando dele viralizaram, alimentando críticas a Israel, bem como à Fundação Humanitária de Gaza, apoiada pelos EUA.

Conforme relatado por Daily Wire, havia grandes inconsistências na história de Aguilar. Não apenas os detalhes que ele compartilhou sobre sua interação eram inconsistentes com as imagens de terceiros, mas a madrasta do menino disse que o viu vivo por pelo menos dois meses após Aguilar afirmar que ele estava morto.

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Em um depoimento gravado, Siham Al-Jarabe’a disse que o menino não desapareceu até 28 de julho — por volta da mesma época em que Aguilar começou a contar sua história na mídia. Ele insistiu que o menino foi morto em 28 de maio e até compartilhou detalhes, dizendo ter testemunhado “um tiro no torso” e “um tiro na perna”.

A Fundação Humanitária de Gaza iniciou uma busca pelo menino após Aguilar começar a contar sua história na América. Ex-contratados militares da GHF — alguns dos quais especializados em resgate de reféns — e funcionários humanitários assumiram a liderança, apoiando-se em conexões que haviam feito com locais de Gaza desde o início das operações em maio, segundo o Daily Wire.

Após entrevistas com membros da família e semanas de trabalho investigativo, o menino, que na verdade se chama Abood, foi encontrado morando com sua mãe biológica depois de ter deixado abruptamente a casa de sua madrasta em julho. A identidade da criança foi confirmada por biometria, e ele ainda estava de posse da camisa que usava no vídeo viral de Aguilar.

Abood foi escoltado disfarçado por sua segurança para um local seguro não revelado pela equipe da GHF há cerca de duas semanas.

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