Um homem de 67 anos, usando uma kippa, sofreu uma violenta agressão no último sábado, 27 de setembro de 2025, na cidade de Yerres, no departamento de Essonne, na França. O agressor gritou “Judeu sujo, vou te matar”, conforme fontes policiais confirmadas pela France Télévisions e inicialmente reportado pelo Le Parisien. Transtuntes intervieram para interromper o ataque.
A vítima registrou uma queixa na polícia na noite de sábado. O procurador de Evry, Grégoire Dulin, informou à franceinfo no domingo que o homem não está mais hospitalizado e recebeu um atestado médico de incapacidade total para o trabalho por 15 dias.
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Uma investigação foi aberta por “tentativa de roubo com violência causando incapacidade total para o trabalho por mais de oito dias, cometida devido à religião da vítima, e ameaças de morte motivadas por religião”. O caso foi atribuído à unidade de crimes territoriais em Essonne. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada, confirmou o procurador.
De acordo com o Israel National News, Mendel Gourevitch, diretor da Yeshiva (escola talmúdica) na vizinha Brunoy, descreveu-se como amigo próximo da vítima e relatou que ele tem um olho muito inchado. Gourevitch expressou choque com o ataque, destacando que tal violência é inédita em uma área geralmente tranquila. “Todos estão preocupados”, acrescentou, especialmente os pais de alunos de sua escola.
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O rabino Michel Serfaty, de Ris-Orangis, também em Essonne, afirmou: “Tudo o que posso fazer é expressar simpatia”. Em declaração à AFP, ele lamentou que “hoje, na França, isso não é mais um evento extraordinário”, enquanto enfatizou a importância de não alimentar medo ou pânico.
Antoine Léaument, deputado pelo 10º distrito de Essonne (LFI), manifestou seu total apoio à vítima e à família em postagem no X (antigo Twitter). “Os insultos usados durante esse ataque não deixam dúvida sobre sua natureza antissemita”, declarou.
A Embaixada de Israel na França condenou veementemente o ataque neste domingo: “Isso é um ato gravíssimo, que se enquadra no contexto preocupante do aumento contínuo do antissemitismo na França”. A embaixada desejou à vítima uma recuperação rápida e completa, e expressou confiança nas autoridades francesas para que atuem com rapidez para capturar o agressor e levá-lo à justiça.